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 | 14/08/2009 17h27min

Grêmio pretende recorrer à Fifa sobre caso do meia Renato

Advogado do clube tricolor, Cláudio Batista, afirma que Ponte Preta corre um grande risco

Tatiana Lopes  |  tatiana.lopes@rbsonline.com.br

O imbróglio entre Ponte e Preta e Grêmio envolvendo o meia Renato segue. Nesta sexta, o jogador apareceu no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF, sendo regularizado para atuar pelo Tricolor. Porém, o clube de Campinas conseguiu uma nova liminar na Justiça Comum para reintegrar o atleta ao grupo. Essa ação da Ponte, de acordo com o advogado do Grêmio, Cláudio Batista, será comunicada à Fifa.

– Isso vai ser derrubado com certeza, não tem o menor fundamento. A Ponte Preta está correndo um risco muito grande, pode ser até ser desfiliada pela Fifa. Vou comunicar à Fifa, não pode utilizar a Justiça Comum para que a CBF faça alguma coisa – explicou Batista por telefone ao clicEsportes.

Renato Cajá foi apresentado na última terça como novo reforço para o restante da temporada, mas a Ponte Preta, clube que o jogador atuou antes de se transferir para o Al-Itthad, da Arábia Saudita, ameaçou melar o negócio por causa de uma dívida dos árabes. Segundo o advogado gremista, o atleta não pode ser obrigado a voltar para o clube de Campinas pela Justiça Comum.

– Ninguém pode ser obrigado a voltar ao trabalho se não quiser. Aliás foi o que eu falei ontem longamente com Valed Perry (assessor jurídico) na CBF, e a CBF liberou até por causa disso – comentou.

Batista prefere não afirmar ainda, mas acredita que, assim que a Fifa for informada sobre o caso, a Ponte Preta pode se complicar.

– Não vou afirmar, mas a Fifa vai tomar conhecimento disso, a Ponte está indo longe demais. Nós vamos comunicar para a Fifa, sem dúvida – reiterou.

E assim que a Fifa tomar conhecimento, o advogado diz que tudo será resolvido rapidamente.

– É imediato, tudo comunicado via internet, as decisões são rápidas – afirmou.

Batista comentou que já aconteceu outros casos parecidos como esse de Renato. O advogado explica que um jogador não pode ser usado como garantia de negócio.

– Houve casos parecido, mas como esse não. Nesse caso, há um fato que eu tomei conhecimento do próprio advogado da Ponte, que no contrato de venda do jogador para a Arábia inseriram uma cláusula que, se o time da Arábia não pagasse a Ponte, o atleta teria que retornar. Isso é nulo, não existe isso. Ele não pode ser usado como garantia de negócio – finalizou.

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