| 07/08/2009 14h25min
Em entrevista ao programa Arena Sportv, nesta tarde de sexta-feira, o técnico gremista Paulo Autuori explicou um dos conceitos táticos que implantou no Grêmio, e que mais debate gerou: a diminuição no número de faltas cometidas.
Segundo Autuori, as equipes brasileiras cometem faltas demais por preguiça. O treinador afirma que a organização coletiva, reagrupando os jogadores, gera mais trabalho:
– Porque o futebol da Europa contabiliza menos faltas? Porque todos trabalham na reorganização e no reposicionamento rápido. Eu digo aos jogadores que, no momento que se perde a bola, tem que haver mudança de comportamento, de posicionamento e de atitude. Aqui no Brasil, os times preferem encaixar a marcação e matar a jogada, a chamada falta tática. Mas nós não podemos ter uma equipe preguiçosa. Fazer a falta é mais fácil. Mas o importante é mudar de atitude rapidamente.
Ele utilizou como parâmetro as 14 faltas cometidas pelo Grêmio no jogo de quinta-feira contra o Palmeiras. Fora de casa, a equipe empatou em 1 a 1.
Autuori também combateu a formação de duas equipes dentro do mesmo clube, priorizando um campeonato em detrimento de outros. Ideia implantada pelo próprio Grêmio antes da chegada de Autuori, utilizando reservas no Gauchão e titulares na Libertadores.
– Está virando moda isso no Brasil. Sou contra poupar jogadores. Temos que nos adequar a essa realidade do calendário brasileiro. Jogar com os titulares apenas contra um grande rival, e com os reservas nos outros jogos de um campeonato, contraria a tese de que todo o jogo é importante. Os técnicos que fazem isso acabam se contradizendo - avalia.
O treinador do Grêmio, respondendo a um internauta que enviou pergunta sobre a utilização do 3-5-2, foi franco.
– Não há nenhuma chance. Vou ser curto e grosso. Nenhuma. O 4-4-2 nos oferece mais variantes táticas – justifica.
Autuori destacou ainda que o campeonato segue em aberto e que a janela de transferências com o Exterior será determinante para nivelar as equipes:
– A tendência daqui para frente é aumentar o equilíbrio. Essa saída de jogadores nivela o futebol brasileiro. O Corinthians era a equipe que jogava o melhor futebol, tinha consistência e qualidade. Se você vê o Corinthians hoje, não é a mesma equipe de alguns dias atrás – observou.
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