| 05/08/2009 05h10min
Vinícius Rebello
Boa notícia para a torcida do Grêmio.
Conversei durante um bom tempo com Luiz Onofre Meira (foto), ontem. E Meira tornou-se o kaiser do futebol no Olímpico. Lembro
que brinquei com ele em Bate-Bola, na TVCOM, dias depois de André Krieger ter se afastado do cargo. Disse que, ao contrário do antecessor, Meira
não teria um "Meira" ao seu lado. O chamei de kaiser por isso. Acertei na mosca. Portanto, a fonte da boa notícia é valiosa.
A boa notícia é que o Grêmio já está em contato com um investidor para comprar 50% dos direitos econômicos do argentino junto ao FC Moscou. O valor fixado é 1,5 milhão de euros (R$ 3,9 milhões). A outra metade, como se sabe, os russos não negociam.
O mecenas, claro, prefere o anonimato. Assim, antes de dezembro, talvez bem antes até, Meira e o presidente Duda Kroeff terão como pagar o preço definido quando o empréstimo de um ano foi acertado. Como a preferência é do Grêmio, basta arrumar o dinheiro e pronto.
Na verdade, é bem provável que outros investidores procurem o Grêmio em busca de parceria por Maxi López.
A prosseguir neste ritmo crescente de desempenho e gols, o argentino vira mina de ouro. A chance de garantir lucro expressivo em
pouco tempo é enorme. Caberá ao Grêmio garantir um bom percentual no
acordo com o investidor. O ponto de partida azul? Meio a meio. É daí para mais. Menos? Nem pensar.
— Estamos perto de resolver bem esta questão — anunciou Meira.
A boa notícia da chegada de um parceiro para ajudar na compra de 50% dos direitos de Maxi López carrega uma segunda boa nova. Aos poucos, o Grêmio vai se abrindo a investidores. Nos últimos anos, esta prática virou sinônimo de origem duvidosa, como se algum princípio ético estivesse sendo violado. Foi um erro. Sem dinheiro, as chances de os resultados não acontecerem são muito maiores.
Cabe ao dirigente, com inteligência, estabelecer uma relação produtiva e soberana com o investidor. O clube não pode virar barriga de aluguel. Mas também não pode fechar os olhos diante da realidade. E os investidores que se aproximam dos clubes visando ao lucro são uma realidade sem volta no futebol.
Souza só está no Grêmio marcando
golaços graças a um investidor, mantido em segredo. Dá para
imaginar o time sem ele hoje?
Luiz Onofre Meira trilha o mesmo caminho com Maxi López. E, ao que parece, a tendência é aprofundar esta estratégia não só para manter o grupo, mas também qualificá-lo. Sem medo de ser feliz, como no passado recente.
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