| 30/07/2009 07h10min
Diego Vara
Foi a vitória do efeito Carvalho, e ela pode ser a vitória do recomeço. Se existe algum vencedor após o sofrido 3 a 2 no Barueri que mantém o Inter no G-4 e a quatro pontos do líder, este alguém é o vice de futebol Fernando Carvalho. O futebol não teve nada de vistoso. Não será com o futebol apresentado ontem no Beira-Rio que o Inter será campeão brasileiro.
Mas ontem não estava em jogo o espetáculo. Ontem estava em jogo a volta da condição básica para qualquer time vencedor: a vontade, o acatamento das ordens do técnico, a entrega, o comprometimento com a busca do resultado até a última gota de
suor.
O Inter teve tudo isso contra o Barueri. A bronca pública de Carvalho, com a
autoridade de um presidente campeão do mundo em 2006, mexeu com os jogadores. O resultado do efeito Carvalho foi o time marcando pressão a partir do campo adversário e correndo atrás da bola com sofreguidão no momento do erro de passe. Aos 37 minutos do primeiro tempo, Taison acompanhava o avanço do zagueiro Luís. Um pouco antes, Alecsandro estava na bandeirinha de escanteio, travestido de lateral-esquerdo.
Confira o comentário de Diogo Olivier:
Não fossem as duas falhas do goleiro Michel Alves, que por algum motivo não conseguia segurar com firmeza nenhum chute na sua direção, o Inter teria vencido com facilidade.
Andrezinho outra vez saiu de campo como o melhor. Não pelo seu gol de falta, mas por tudo: passe, lançamento,
cadência, tabela, marcação. Hoje, o time começa por ele.
O gol salvador do uruguaio Sorondo (foto) pode ser o emblema de um provável recomeço.
Trata-se de um jogador reivindicado pelo torcedor e símbolo máximo do que se compreende por garra. Agora, o Inter vai para o Japão disputar a Copa Suruga contra o Oita Trinita, na quarta-feira, aliviado. Só tem jogo pelo Brasileirão no dia 10 de agosto, diante do Sport. E reordenar o vestiário na ponta de cima da tabela, convenhamos, é muito mais fácil.
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