| 17/07/2009 19h17min
Já são oito no currículo. Porém, o nono Gre-Nal de Leonardo Gaciba será especial e talvez o mais importante de todos. Ele apitará o jogo que marca os cem anos do clássico, neste domingo, às 16h, no Estádio Olímpico.
— Que bom que seja um gaúcho. É um orgulho — comemora o árbitro.
Mesmo sendo "da aldeia", Gaciba garante não temer a pressão que envolve um Gre-Nal.
— Pressão mesmo tu sentes no primeiro. É uma coisa nova, tu não sabes o que vai ter pela frente e tens que aprender a lidar. Mas eu já senti esta sensação oito vezes, esta é a nona. Aí a gente começa a ficar "curtido", "nego véio". O importante é que todo mundo já te conhece: os dirigentes, os jogadores, a federação. Isso te dá um certo know-how para dirigir o jogo.
Gaciba considera o Gre-Nal diferente dos demais. Ele conta que um colega de outro Estado comparou o clássico gaúcho ao Superclássico argentino, Boca x River Plate.
— Não tenha dúvida, o
nosso Gre-Nal é diferente. O currículo de um árbitro é montado
pelos clássicos que ele dirigiu. Fiz um grande jogo ontem, Atlético-MG x São Paulo, mas nada se compara ao Gre-Nal. Todos os árbitros de fora que vêm aqui apitar o Gre-Nal ficam impressionados e nos dizem: "é por isso que vocês se dão tão bem lá fora" — afirma.
Leonardo Gaciba vai para o seu terceiro Gre-Nal consecutivo, situação pouco comum, segundo o comentarista de arbitragem da Rádio Gaúcha, Francisco Garcia. Ano passado, Gaciba também comandou o segundo clássico pela Sul-Americana, em agosto. Por tudo isso, ele esbanja confiança e motivação:
— É bom porque os times não se renovaram muito nesse tempo, então a gente já conhece as características dos times, dos jogadores, e isso para o árbitro é importante. Vamos lá. O nosso time está pronto, os assistentes são de qualidade e vamos ir bem.
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