| 16/07/2009 05h10min
A pergunta que não quer calar na Província de São Pedro só pode ser uma: como fica o Gre-Nal de domingo depois da derrota do Grêmio para o Coritiba por 2 a 1 e a vitória do Inter por 4 a 2 sobre o Fluminense? Muda algo em relação ao melhor momento vivido no Olímpico antes dos jogos de ontem?
Não creio. O Inter retomou a autoestima, sobretudo por que o técnico Tite mostrou capacidade de reação e promoveu uma cirurgia no time. Ganha fôlego para o centenário do clássico, não resta dúvida.
Em vídeo, Diogo Olivier projeta o favorito
para o Gre-Nal do próximo domingo:
Ainda assim, a média de rendimento do Grêmio nos últimos jogos lhe dá o favoritismo no Gre-Nal.
Um favoritismo menor que o de antes da rodada, mas ainda assim um favoritismo. O Grêmio não teve uma atuação ruim. Ao contrário. Sem Souza, Réver e Maxi López, o time manteve um bom nível de atuação.
Não há reparos ao primeiro tempo. Jonas marcou 1 a 0 e, depois do gol, a superioridade gremista se revelou incontestável, com toque de bola, marcação adiantada e oportunidades criadas. Dois fatores reverteram este cenário.
Primeiro, o gol de Canal 100 (passava nas salas de cinema antes dos filmes: alguém lembra?) de Marcelinho Paraíba. De fora da área, em curva, ele
empatou. Mesmo assim, o Grêmio poderia ter melhor sorte não fosse a irresponsabilidade de Thiego,
expulso aos dois minutos do segundo tempo após uma falta criminosa e sem necessidade por trás.
Com um jogador a menos, o jogo desequilibrou em favor do Coritiba, que soube se valer da vantagem numérica e mereceu a vitória. Mas não foi uma atuação desastrosa, capaz de semear pânico e desconfiança na torcida.
No Beira-Rio, que se dê todo o crédito pelo bom resultado ao tão criticado Tite.
Ele promoveu uma cirurgia no time. Mostrou reação. E era isso que se esperava dele. Tite mudou esquema e escalação. Saiu do losango com três volantes no 4-4-2 para o 3-5-2. Talvez não seja o modelo ideal, mas não havia D'Alessandro para compor com Andrezinho as duas funções de armação.
Só pelo fato de retirar o inoperante Glaydson e promover Sorondo, um zagueiro de vigor e bom futebol, o time melhorou. Saiu um jogador medíocre, entrou um de qualidade afirmada.
A mudança tática mostrou altos e baixos
no próprio jogo, mas teve o mérito de mudar para melhor o time e retomar
a liderança do Brasileirão, pelos menos até o jogo do Atlético-MG com o São Paulo, hoje, no Mineirão. O Fluminense buscou o empate em 2 a 2 após levar dois gols, de Sorondo e Andrezinho.
Aí, aos 25 minutos do segundo tempo, surgiu a grande notícia colorada na noite chuvosa de quarta-feira.
Taison saiu do banco e, com dois gols, renasceu para o time a 72 horas do Gre-Nal. O seu retorno ajuda a diminuir o favoritismo antes total do Grêmio.
O Grêmio não terá Thiego (expulso) e Léo (terceiro cartão amarelo). O Inter perdeu Magrão (expulso) e D'Alessandro (punido pelo STJD). Ainda não se sabe se Réver (lesão muscular) e Maxi López (gripado) estarão à disposição de Autuori. Vale o mesmo para Sandro (distensão na coxa) e Bolívar (será julgado hoje por suposta agressão no 1 a 1 contra o Cruzeiro) com Tite.
Assim, mais do que nunca, o Gre-Nal comemorativo aos 100 anos do clássico virou um
Gre-Nal de treinadores. Quem encontrar melhores soluções para os
seus desfalques, ganha o jogo.
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