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 | 11/07/2009 05h57min

Zagueiros do Grêmio temem dribles de Ronaldo

Setor defensivo vai marcar os outros jogadores e evitar passes para o Fenômeno

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Há entre os zagueiros do Grêmio preocupação extra embutida na passagem de Ronaldo pelo Olímpico amanhã: a de virar personagem como o adversário driblado ou o goleiro ludibriado pelo toque de classe do Fenômeno. Por que cada gol dele repercute no mundo inteiro e vira vinheta de TV aqui no Brasil.

O zagueiro Léo, por exemplo. Em 2002, era zagueiro do Minas Gerais, time amador de Belo Horizonte, e festejou quando Ronaldo demoliu os alemães e levou o Brasil ao Penta. Não quer para ele o sofrimento que tiveram Oliver Kahn na Copa e outros tantos colegas de profissão brasileiros nos últimos meses.

– Ele não é normal. Ninguém quer ser driblado pelo Ronaldo, é preciso ter atenção absurda no jogo – alerta Léo.

O exemplo está próximo do Olímpico. Índio, do Inter, chegou à final da Copa do Brasil cotado como um dos melhores do Brasil. Perdeu na corrida no Pacaembu e foi driblado antes do gol. Parece ainda abalado.

Mas como passar 90 minutos amanhã sem virar vítima de Ronaldo? O Grêmio sugere a receita: marcar Jorge Henrique, Dentinho, Douglas e Elias e impedir os passes para o Fenômeno.

– O segredo é marcar os demais. O Corinthians todo dá assistência ao Ronaldo. É preciso evitar o passe, o lançamento para o Ronaldo – alertou Túlio.

O volante fala com conhecimento. Por seis meses, dividiu vestiário com o Fenômeno e o enfrentou nos treinos. Isolar Ronaldo era a saída dos reservas para evitar seus gols nos treinos.

Maxi López enfrentou Ronaldo pelo Barcelona, em 2005. Em clássico no Santiago Bernabéu, o Fenômeno fez um gol e deu o passe para Zidane em outro. O Real ganhou de 4 a 2.

– Há duas referências de centroavantes: Batistuta e Ronaldo. Quando domina a bola é muito difícil que alguém o desarme. O jogo de domingo não permite erros – avisa o argentino.

Paulo Autuori também foi vítima de Ronaldo em 2004. Treinava o Peru nas Eliminatórias à Copa da Alemanha e veio a Goiânia enfrentar o Brasil.

– Em um único passe, Ronaldo achou o Kaká. Perdemos por 1 a 0 – lembra Autuori.

ZERO HORA
Daniel Marenco / 

Autuori orientou o setor defensivo, que não tira Ronaldo da cabeça
Foto:  Daniel Marenco


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