Esta quarta-feira foi o dia dos estrangeiros no segundo dia de competição na etapa do WQS na Praia Mole, em Florianópolis. Os australianos comandaram o show no segundo dia da competição e superaram os recordes do catarinense Diego Rosa no primeiro dia.

Adam Melling assumiu a vice-liderança do ranking WQS com uma grande estreia na abertura da segunda fase. A nota 9,17 recebida em sua melhor apresentação foi a maior dos dois primeiros dias do evento. Se o australiano passar mais uma bateria, ele retoma a ponta do ranking. Os gringos também venceram metade das dezoito baterias realizadas nesta quarta-feira.

— Apesar de já ter vindo algumas vezes para o Brasil, só agora estou conhecendo essa praia. É um beach break (fundo de areia) bem divertido e consegui pegar boas ondas na bateria, especialmente a que tirei nota 9,17, que abriu bem para fazer várias manobras — contou Adam Melling.

Seu compatriota, Dion Atkinson, atingiu o segundo maior placar da competição numa bateria 100% estrangeira. O veterano americano Cory Lopez ganhou a briga pela segunda vaga para a rodada dos 48 melhores, com ambos despachando o australiano Luke Munro e o único representante da Nova Zelândia, Bobby Hansen.

Vice-campeão do 6 estrelas encerrado domingo na África do Sul, o australiano James Wood fez uma dobradinha com o americano Chris Waring contra o alagoano Tânio Barreto e o paranaense Caetano Vargas no penúltimo combate da primeira fase.

O norte-americano Tanner Gudauskas, campeão da etapa sul-africana em Ballito, também avançou em sua estreia. Gudauskas ficou em segundo lugar na disputa vencida pelo carioca Pedro Henrique contra três estrangeiros.

A alegria da classificação do norte-americano contrastou com a tristeza do seu irmão, Dane, que foi eliminado na bateria seguinte pelo carioca Leonardo Neves e o cearense Fábio Silva.

Brasileiros

Os brasileiros querem aproveitar o fato de competirem em casa para entrarem na zona de classificação para o ASP World Tour. É o caso do carioca Leonardo Neves, que até o ano passado fez parte da elite mundial e estreou com vitória no Maresia Surf International.

— A bateria foi difícil, as ondas demoraram para entrar, mas achei duas ondinhas boas para passar. Foi uma bateria bem disputada e fiquei feliz também porque o Fábio Silva virou em cima do gringo no finalzinho — falou Léo Neves.

Dois representantes da nova geração brasileira também avançaram para a fase dos 48 melhores com vitórias. O paulista Miguel Pupo repetiu a ótima atuação da terça-feira e o paulista Gabriel Medina, de 15 anos, que derrotou surfistas mais experientes.

O Maresia Surf International prossegue até domingo em Florianópolis.