| 02/07/2009 23h36min
Aos 15 minutos do segundo tempo da partida entre Grêmio e Cruzeiro, a confusão iniciada no pátio do Estádio Olímpico finalmente foi resolvida. Mas não da forma deseja: resignados, muitos torcedores que estavam com ingressos e não conseguiram entrar no estádio decidiram voltar para casa.
Os torcedores passaram o primeiro tempo inteiro e parte do segundo em frente aos portões do estádio. Com a demora para entrar, os ânimos se exaltaram e a Brigada Militar (BM) chegou a entrar em conflito com os torcedores gremistas. Houve corre-corre no pátio.
A partida havia começado e muitos torcedores com ingresso na mão e sócios do clube ainda estavam na fila quando os portões foram fechados. A explicação da BM era que o estádio estava lotado, apesar de haver vários clarões nas arquibancadas do Olímpico.
A principal reclamação era dos sócios, que colaboram com o clube mensalmente e não conseguiram entrar. Eles questionam se o dinheiro gasto no ingresso será
devolvido. Quem é sócio-torcedor, por
exemplo, paga a metade do valor de um ingresso.
— A derrota é o de menos, porque eu sinto o desrespeito que foi feito hoje. Eles deixam o torcedor que apoia em todo o jogo de fora, eles não podem fazer isso. Eu queria estar lá dentro, mas não estou. É uma falta de preparo — reclamou a torcedora Aline Cardias.
Com grande parte da arquibancada inferior lotada, alguns acessos foram fechados para evitar superlotação de determinados setores. Segundo o vice de administração do Grêmio, Luís Moreira, os portões 10, 13 e 16. Já o sócio proprietário Tiago Loncan, 25 anos, estudante de mestrado de Administração da UFRGS, afirmou que percorreu todo estádio durante o primeiro tempo e nenhum acesso estava aberto.
Indignados, os torcedores começaram a protestar. O principal alvo foi o presidente Duda Kroeff. Muitos pediam o retorno de Paulo Odone. Em meio à correria desesperada para entrar no estádio, as confusões se espalharam pelo pátio, em diversos portões.
Carros foram depredados. Alguns
incidentes próximos ao Quadro Social levaram seguranças do Grêmio e parte do efetivo da Brigada Militar para o local. Houve empurra e empurra e escaramuças entre torcida e policiais e cavalo.
— Não sei por ordem de quem, empurraram a cavalaria para cima da torcida — disse Loncan.
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