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 | 27/06/2009 13h10min

Como deixar o Inter mais ofensivo na final

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



 Mauro Vieira










Sandro (acima) está fora da final da Copa do Brasil contra o Corinthians, na quarta-feira. Foi por água abaixo o sonho do Inter de escalar força máxima com os retornos de Kleber e de Nilmar, que chegam a Porto Alegre ao meio dia de segunda-feira em voo fretado da Seleção Brasileira. O fato é que é grave a distensão no músculo posterior da coxa de Sandro. Tite o substituiu por Glaydson ainda durante o jogo com a LDU, no segundo tempo.

Só tem um detalhe: Magrão volta ao time na quarta-feira. Está fazendo tratamento para a sua lesão muscular feito doido, dia e noite, noite e dia. Conversei com ele ontem:

— Não fico fora deste jogo nem atado. Pode escrever aí.

Então, suponho que Magrão joga, de preferência o mais livre possível. Não faz muito sentido abrir mão da sua experiência e espírito vocacionado para a guerra em um jogo que precisa ser épico, única forma de virar o 2 a 0 no Pacaembu.

Assim, surge a dúvida que pode mudar os rumos da final. Quem entrará no lugar de Sandro: Glaydson ou Andrezinho?

Glaydson é a solução tradicional. Mas nada impede Tite de optar por Andrezinho, recuando Magrão e formando o meio-campo com dois meias de origem, D'Alessandro e o próprio Andrezinho.

O Inter sai com 2 a 0 de desvantagem. Precisa arrumar soluções ofensivas possíveis, desde que não se abra ao ponto de levar o terrível gol em casa. Tite tem sido convencional. Se optar por Glaydson altera menos o posicionamento de Magrão e Guiñazu, os volantes apoiadores. Mas não há como negar: Andrezinho ataca e defende, embora ataque mais do que defenda. Glaydson só defende. 

Até o dia 1º de julho, D'Alessandro estará com mais ritmo. Ele e Andrezinho podem compor um setor ofensivo eficiente coma a velocidade de Nilmar e Taison. Além do mais, cabeça-de-área não é novidade para Magrão. Seria uma maneira de colocar os jogadores mais experientes em campo. Sem que isso signifique loucura ou invencionice tática.

Ficaria assim, do meio para a frente: Magrão, Guiñazu, Andrezinho, D'Alessandro, Taison e Nilmar.

A ausência de Sandro, desfalque sério ainda que ele não viesse repetindo as boas atuações do começo do ano, pode dar a Tite a chance de criar um fato novo para virar o jogo sobre o Corinthians. Um fato novo dentro do campo, bem entendido. Por que fora dele, está tudo garantido: a torcida fará sua parte. É difícil. Dureza mesmo. Mas pode estar aí a chance, na impossibilidade de Sandro, de o Inter fazer do limão uma limonada e sair da crise com uma taça na mão.



Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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