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 | 27/06/2009 16h10min

Torcedor vai raspar a cabeça se o Inter for campeão da Copa do Brasil

Calixto Goulart ficou careca depois da conquista do Mundial e quer repetir a promessa

Guilherme Fister  |  guilherme.fister@zerohora.com.br

O Inter tem um desafio e tanto na próxima semana diante do Corinthians pela final da Copa do Brasil, em Porto Alegre. No dia 1º de julho, o time precisa de uma vitória de pelo menos 3 a 0 em casa, já que perdeu a primeira partida, em São Paulo, por 2 a 0.

Confiantes na recuperação do time, torcedores colorados fazem as mais diversas promessas. Um deles é Calixto Goulart, 42 anos, que espera repetir uma estratégia que deu certo em 2006. 

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Após a euforia inicial pela comemoração ao título mundial, em 17 de dezembro de 2006, ele correu para o quarto. Trouxe a máquina de cortar cabelo que pertencia ao pai, barbeiro, e raspou a cabeça pela conquista. Agora, o torcedor espera que funcione de novo na próxima quarta-feira. Se o Inter ganhar a Copa do Brasil, ficará carequinha mais uma vez. 

— Terminou o jogo e minha mulher (Daniela) cortou — conta.

Para Calixto, as dificuldades do confronto do Japão assemelham-se às da decisão. Não, ele não acha o Corinthians um supertime como o Barcelona, na época de Ronaldinho. Porém, ouvia amigos gremistas repetirem que a conquista era impossível.

Como ocorreu em 2006, as dúvidas sobre as chances do Inter servem de motivação. E Calixto está pronto para tirar do armário a bandana que comprou há três anos para esconder a cabeça raspada.

A máquina de 2009 também é nova, mais profissional, usada por Calixto para aparar a barba. Só que desta vez as filhas Paula, 15 anos, e Érika, 10, se adiantaram para ajudar o pai a cumprir a promessa.

Coloradas como Calixto, elas só não assistem aos jogos com o pai porque ele possui ritual todo especial. Não veste a camisa do time antes do final da partida porque acha que dá azar. Também precisa acompanhar o jogo sozinho, isolado em um dos cômodos da casa onde mora, no bairro Partenon, na Capital, pelo mesmo motivo que evita ir ao Beira-Rio.

— Não vou no campo. Fico muito nervoso para dar meus chiliques — sorri.

ZERO HORA
 

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