O técnico Dunga viu várias vezes a reprise da partida contra o Egito. O jogo ficava passando em um canal de TV local. O treinador aproveitou, então, para analisar o rendimento do time. E considerou que um dos erros da Seleção Brasileira foi insistir em atacar em vez de administrar a vantagem de dois gols. A equipe vencia por 3 a 1 e permitiu o empate no início do segundo tempo. O gol da vitória surgiu apenas aos 45 minutos em um pênalti cobrado por Kaká.

– A televisão aqui passou o jogo cinco vezes e eu vi até de madrugada. Não dormia. Quando o jogo estava 3 a 1 a gente continuou a atacar. Foi um dos nossos erros. Continuamos a atacar. A gente deveria ter ficado no nosso campo e deixá-los vir. Mas na ansiedade de fazer bem, de fazer gols, de atacar, a nossa equipe se desgastou um pouco ao tentar em todo momento pressionar o adversário. A gente tinha que preencher os espaços – disse Dunga.

Foi a primeira vez que a Seleção sofreu três gols em uma partida sob o comando do treinador. Por isso, Dunga ainda não vê motivo para preocupação com o setor.

– Não é normal a nossa defesa sofrer três gols. O cansaço seguramente pesou. Mas é uma situação que pode acontecer no futebol. Agora, realmente, não é comum o Brasil tomar três gols - explicou.

Dunga evitou culpar um ou outro jogador pelos erros da defesa contra o Egito. Para ele, os erros foram coletivos, e não, individuais.

– Sempre que se toma um gol não tem um posicionamento ideal. Não é problema de um ou outro jogador. É de toda a equipe. Quando estava 3 a 1 tínhamos que tirar o espaço do adversário. Mas na ansiedade de fazer um bom jogo, de buscar o resultado positivo, de fazer mais gols, a gente se expôs demais – finalizou.