| 10/06/2009 03h52min
Antecessor de Felipão no Bunyodkor, Zico trocou de clube após três meses. Entretanto, é só elogios ao presidente do time e ao Uzbequistão. O técnico falou por telefone de Moscou, onde treina o CSKA desde janeiro.
Zero Hora – Que aprendizado você leva do Bunyodkor?
Zico – Para mim foi muito importante, porque a cultura do futebol de lá é a mesma do russo. Eu só vim para cá pela maior projeção, pelos campeonatos. Mas pela estrutura do clube, era tudo excelente. Financeiramente, então, foi espetacular.
ZH – Como é treinar um clube gerido por um magnata?
Zico – A relação era muito boa e a mais correta possível, inclusive na minha saída. Não tem aquelas coisas de retenção de passaporte, nada. O cara é fanático por futebol. Trouxe um pessoal do Barcelona para ajudar no novo estádio, queria que eu ajudasse a trazer Roberto Carlos, Cafu, Ronaldinho. Ele tem a ambição de ser o maior
da Ásia.
ZH – Qual o objetivo dessa aproximação com o
Brasil?
Zico – Eles querem aprender mais sobre infraestrutura também. Era comum, por exemplo, chegarmos em cidades para jogar e não ter nem hotel, concentração. Nesse quesito, ter brasileiros por perto aconselhando ajuda muito.
ZH – Em comparação a Japão, Turquia, como é o Uzbequistão?
Zico – Tashkent é bonita, tranquila. É tranquilo até demais. Você imagina uma cidade de milhões de habitantes, sem um shopping. Istambul, por exemplo, é mais ocidentalizada. Mas eu era super bem tratado. Ali tem muitos turcos também, tudo torcedor do Fenerbahçe (treinado por Zico entre 2006 e 2008), então todo mundo me adorava.
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