| 09/06/2009 05h10min
Foto: Jefferson Botega
Não é o contrato de patrocínio dos sonhos. Está longe dos 18 milhões que o São Paulo fatura com seus parceiros, só para ficar no exemplo da maior receita entre os clubes do país. Mas passar de R$ 3,7 milhões para R$ 7 milhões não deixa de ser um avanço importante, talvez uma pequena consagração em um mercado incapaz de competir com a fartura paulista.
Inter e Grêmio estão prestes a renovar com o Banrisul por mais três anos por este valor. E com possibilidade de reajustes nos anos seguintes.
O contrato terminou na
semana passada, mas o Banrisul agiu rápido e apresentou uma proposta usando a prioridade prevista no acordo. A Dupla Gre-Nal já tem cacife para pedir — e
levar — muito mais do que R$ 7 milhões.
O Inter já é a segunda receita do país, com R$ 142 milhões. Está à frente de Palmeiras, Corinthians e Flamengo por conta dos sócios que, quando alcançarem 100 mil, renderão o equivalente à venda de um Alexandre Pato por ano. Só a mídia que o gol de Nilmar no Pacaembu recebeu este ano seria o suficiente para fazer qualquer patrocinador chorar de emoção. Agora tem a final da Copa do Brasil e assim por diante.
O Grêmio se localiza um pouco abaixo no ranking, em 6º lugar (R$ 99 milhões), mas já se recuperando com solidez depois do processo de reestruturação a partir do retorno à Série A. As categorias de base ganharam atenção especial. Nem é preciso falar da vitrina que é a Libertadores este ano. `
O problema é que os empresários gaúchos morrem de medo de patrocinar apenas um dos dois. Temem o boicote dos torcedores do outro lado a seus produtos por
conta da rivalidade desmedida. O Inter até flertou com
uma operadora de telefonia, mas esbarrou neste impasse. E se os gremistas migrassem para a concorrente, em represália?
Em São Paulo não é assim. Sete milhões por ano é pouco para Beira-Rio e Olímpico, mas o Banrisul bancará os dois. De seus cofres sairão R$ 14 milhões. Ainda menos que os R$ 18 milhões do São Paulo.
O certo é que, em breve, o Banrisul da camiseta renderá R$ 7 milhões por ano a Inter e Grêmio. Quase o dobro de antes. Não é o ideal, mas não deixa de ser uma pequena vitória para gremistas e colorados.
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