| 08/06/2009 14h10min
Divulgação,VipComm
O jogo entre Inter e Cruzeiro, ontem, no Mineirão, teve um personagem destacado. O árbitro. O sergipano Antônio Hora Filho achou que era Leandro Vuaden e observou a recomendação da Fifa de deixar o jogo correr. Entrou em campo decidido a não marcar qualquer faltinha.
Só que Antônio Hora Filho não é Leandro Vuaden. E, por não ser Leandro Vuaden, fez do empate em 1 a 1 um octágono de Ultimate Fighting.
Nem é preciso citar os casos nos quais a expulsão era um dever. Bolívar, no primeiro tempo, naquele lance de linha de fundo, ao encontrar
a coxa do adversário no ar, em lance de kung fu. Thiago Heleno, ao derrubar criminosamente Taison (foto) por trás em um contrataque que
poderia decidir o jogo quase ao final da partida.
Os cartões vermelhos concedidos a Lauro e Kléber foram reflexo da pancadaria e desportividade que correram soltas em Belo Horizonte. Tudo era permitido: faltas, xingamentos, provocações. Tudo por que Hora não é Vuaden.
O que levanta uma discussão interessante. Ninguém suportava mais aquelas arbitragens medrosas, que apitavam falta até quando um jogador apertava a mão do outro na hora do hino nacional. Era mesmo uma chatice, um atentado contra a bola rolando, o passe, o drible, o talento, o jogo veloz como se pratica na Europa. Assim, quando Vuaden encantou o Brasil errando quase nada e acertando quase tudo na hora de distinguir entre falta e simulação, abriu-se um clarão no horizonte do Brasil. Enfim, o futebol. Só que nem todo árbitro é Vuaden.
Quando árbitros inexperientes ou ruins tentam copiá-lo, acontece o que se viu no Mineirão: violência e descontrole disciplinar. É uma questão para a comissão
nacional de arbitragem avaliar.
Talvez seja o caso de promover palestras de Vuaden pelo país inteiro para mostrar como se faz.
O certo é que não pode se repetir a selvageria do Mineirão. Sob pena de a solução virar problema.
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