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 | 08/06/2009 05h10min

Sem Souza, não haverá Libertadores

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



Foto: Jefferson Botega










As notícias se desencontram. Souza aparece no jornal Le Parisien fazendo juras de amor ao PSG, como se fosse voltar para a Europa amanhã. Depois, nega tudo. Diz que não sabe falar francês, dando a entender que os repórteres de Paris inventam frases inteiras e depois as atribuem a seus entrevistados.

Em seguida, descobre-se que a repórter que o entrevistou, Sylvie de Macedo, é filha de pais portugueses. Talvez seja capaz de falar até com sotaque alagoano. De tudo isso, fica uma incerteza. Péssima incerteza. Temível incerteza para o Grêmio.

Souza fica ou vai embora quando faltam cinco jogos para terminar a Libertadores?

É imprescindível que Souza fique. Não há como ser campeão da América sem ele. O Grêmio não tem alternativas no grupo para alguns jogadores. É o caso de Souza. É também o de Tcheco, mas fiquemos em Souza, o centro de toda a confusão. Como ficaria o time sem dois meias de qualidade na reta final da Libertadores? Bastaria marcar Tcheco e pronto: o ostracismo de Maxi López terminaria em crise depressiva. O diretor de futebol Luiz Onofre Meira voltou da França otimista. Ele jura que o PSG admite reduzir o valor de 4 milhões de euros fixado quando do empréstimo. E afirma:

— Agora é ver como podemos resolver por aqui.


Não sei como o Grêmio fará para "resolver por aqui" o problema. O fato é que terá de resolver. E logo.

Trata-se da questão mais importante do clube neste ano.

Manter Souza, cujo contrato termina em 12 de julho, não será barato. Mas faltando cinco jogos para, quem sabe, o tri da Libertadores, não seria o caso de admitir algum nível de "loucura"? Não digo construir uma dívida impagável, que possa inviabilizar o Grêmio lá adiante, mas ao menos forçar os patamares da responsabilidade financeira fincados até agora, em nome do possível lucro de uma conquista desta magnitude.

É um tema para ser debatido em caráter de urgência urgentíssima no Olímpico. Por que, sem Souza, talvez o Grêmio conquiste o título da austeridade financeira. Mas não o da Libertadores.


Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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