| 30/05/2009 15h10min
Danilo Verpa, Folha Imagem, 21/04/2007
Entrevista: Paulo Cézar Carpegiani, técnico do Vitória
Há dois meses no Vitória, o gaúcho Paulo Cézar Carpegiani encontrou uma equipe "que se arrastava" em campo. A condição física ainda é o maior problema do adversário de amanhã do Grêmio, no Barradão, em Salvador. Trata-se de um clube em reconstrução. Depois de chegar ao fundo do poço em 2006, quando disputou a Série C, o Vitória já soma dois anos de Série A. É campeão estadual, mas o Bahia, seu maior rival, não é parâmetro: está na segunda divisão. Em sexto lugar com seis pontos, duas
vitórias (Sport, em em casa, e Atlético-PR, fora) e uma derrota (Cruzeiro, no Mineirão), Carpegiani anuncia
que só resta fazer "um jogo de superação" para enfrentar o Grêmio. Confira trechos da entrevista concedida a No Ataque:
Zero Hora — Quem é este Vitória que enfrenta o Grêmio?
Paulo César Carpegiani — Quando cheguei aqui encontramos um nível de preparação física abaixo do razoável. Treinamos dois dias e os jogadores sentiram caibras. Este tem sido o nosso maior problema, aliado às carências do grupo. Além do mais, desde que cheguei, há dois meses, chove muito em Salvador. Tenho tido pouco tempo para treinar em boas condições. O Vitória enfrenta dificuldades.
ZH — Em quanto tempo o Vitória terá força física para enfrentar os adversários?
Carpegiani — Em três ou quatro rodadas. Aí já teremos também o grupo completo, com o retorno de alguns machucados. Contra o Cruzeiro jogamos sem cinco titulares. Para quem tem grupo reduzido, faz
diferença.
ZH — E para este jogo?
Carpegiani — Já estamos entrando em um
nível razoável de preparação.
ZH — Então, o Grêmio é favorito no jogo?
Carpegiani — Não diria favorito, mas vai ser uma partida muito difícil para nós. O Grêmio é uma equipe entrosada e de força. Mas entraremos tentando dar velocidade possível. Mesmo sem Jackson, lesionado, e Carlos Alberto. Teremos dificuldades, reconheço. Mas estamos em casa, diante de nossa torcida. Creio que faremos um jogo de igual para igual. Os melhores equipes do Brasil são as que estão na Libertadores. Mas será difícil para os dois.
ZH — Qual o melhor time do Brasil?
Carpegiani — Cruzeiro. E do ponto de vista tático, o Corinthians. Mas nada impede Inter e Grêmio de chegarem. O Inter está com um belo time. Brasileirão sempre têm seis ou sete candidatos.
ZH — Mas qual a cara do Vitória de Carpegiani?
Carpegiani — Bem, gosto de time com velocidade. Quando cheguei, a
equipe era lenta. Melhoramos nisso. É, também, um time com jogadores experientes: Ramon,
Jackson, Carlos Alberto. Mas precisamos de reforços. Estamos atrás de atacantes.
ZH — Será uma partida de superação para o Vitória, pela força e tradição do Grêmio?
Carpegiani — Sem dúvida. Teremos que nos superar.
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