| 13/05/2009 11h33min
Após defender três pênaltis do Sport e ter sido um dos principais responsáveis pela classificação do Palmeiras às quartas-de-final da Copa Libertadores, Marcos parecia ainda não acreditar. Aos 35 anos e com mais de 400 partidas pelo clube, o goleiro foi decisivo para a equipe, na noite desta terça, e mostrou por que é chamado de “São Marcos” pelos torcedores.
– Eu devia uma atuação como esta para a torcida ultimamente. Hoje ela deve estar muito orgulhosa de mim. Está sempre comigo quando erro e acerto. E, quando precisou de mim, consegui devolver o carinho com uma classificação importante – salientou ao GloboEsporte.com.
Conhecido pelo histórico de lesões tanto quanto pelos títulos conquistados, o camisa 12 do Palmeiras não deixou de lembrar dos dias difíceis que viveu no clube por conta das contusões. Em determinados momentos, o atleta chegou a confessar que pensou em parar, pois passava mais tempo no departamento médico do que nos gramados. Segundo suas contas, foram quase 10 lesões, entre problemas no tornozelo, no antebraço, clavícula e punho.
– Sinto-me honrado por ter tido a chance de voltar ao gol do Palmeiras na vaga do Diego (Cavalieri, que o substituiu em algumas lesões) por vontade do Vanderlei (Luxemburgo). Passei por dificuldades com as contusões. É difícil para mim jogar porque tenho dor no punho e isso tem de ser administrado nos treinos – confessou o goleiro.
Na hora da disputa por pênaltis, Marcos, o mais experiente do grupo, chamou a responsabilidade para si. Aos batedores, disse que poderiam ficar tranquilos porque ia fazer a sua parte. E cumpriu com a palavra ao defender as cobranças de Fumagalli, Dutra e Luciano Henrique, fechando as batidas em 3 a 1 para os palmeirenses – o jogo terminou 1 a 0 para o Sport no tempo normal.
– Isso tudo é experiência dos jogos que já vivi. Tenho de deixar a molecada mais calma. Eu não esperava fazer uma partida tão boa, mas sabia que ia ter trabalho porque o Sport é um time muito bom. Não conseguimos ver os vídeos dos batedores. Só tinha pênalti do Paulo Baier e ele já tinha saído. Mas deu tudo certo. Considero-me um iluminado por Deus porque passei por dificuldades e consegui dar a volta por cima e saí de campo sendo elogiado – comemorou.
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