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 | 11/05/2009 12h30min

Pelo fim dos três zagueiros no Grêmio

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



 Diego Vara










Nada contra o esquema com três zagueiros. Aliás, nada contra qualquer esquema. Pode-se ganhar ou perder com todas as variações táticas possíveis, e os exemplos estão aí para provar. Se a Itália ergueu a taça da Copa de 2006 apostando em zagueiros e volantes de contenção, Barcelona e Manchester United decidirão a Liga dos Campeões da Europa com esquadrões ofensivos de prender a respiração. Faço o prelúdio para não parecer questão filosófica. Nada disso. Trata-se de pragmatismo.

O Grêmio deve retirar Rafael Marques, um zagueiro, em nome do ingresso de Túlio, um volante, no meio-campo.

O 4-4-2 emprestaria maior consistência ao time. E resolveria — ou ao menos tentaria resol ver — os problemas revelados no 1 a 1 diante do Santos e escondidos contra Aurora, Boyacá Chicó ou San Martín. É preciso retirar os atacantes do isolamento, e não fazer deles coadjuvantes das ações ofensivas dos que vêm de trás.

Eles, os atacantes, é que devem ser o objeto final do ataque.

Com dois volantes — Túlio e Adílson — a dupla Souza/Tcheco iria flertar perto da área. Maxi López e Jonas ganhariam suporte. Os alas Ruy e Fábio Santos só podem jogar no 3-5-2? Quem disse isso? Basta orientá-los a subir menos, nada mais.

Ontem, pela primeira vez, o interino Marcelo Rospide errou.

Foi um equívoco retirar Jonas para colocar Túlio no segundo tempo. Empurrar Souza ou mesmo Douglas Costa à frente é repetir o erro que demitiu Celso Roth. O Grêmio de 2009 provou a si mesmo que no ataque devem jogar atacantes. Uma coisa é promover o ingresso de Túlio retirando um zagueiro. Outra, bem diferente, é colocá-lo no time sacrificando um centroavante. 

A pergunta é: Rospide, um competente interino, tem autoridade para mudar o esquema antes da chegada de Paulo Autuori?

Disse nesse espaço que seria temeridade entrar Brasileirão adentro com um interino. Em determinados momentos, é preciso ousadia — não confundir com faceirice — para vencer adversários mais robustecidos. Será assim a partir da semifinal da Libertadores e no Brasileirão.

O Grêmio deveria namorar o 4-4-2 de novo. Antes de levar um fora do 3-5-2.



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