| 08/05/2009 06h10min
Lá se vão 25 anos e cinco meses desde que Renato Portaluppi petrificou os alemães do Hamburgo e entregou ao Grêmio o título Mundial de 1983. Eis aí um bom argumento para um longa metragem com 90 minutos de duração a ser exibido nas salas de cinema de todo o Rio Grande do Sul em breve.
Foi o que pensou a direção do clube quando teve a luminosa ideia de eternizar na telas a maior conquista da história gremista. Sim, por que é isto o que a sétima arte faz: revive, acrescenta, eterniza. O nome da obra condenada ao êxito está escolhido: 1983, o Ano Azul.
A
escolha da comissão técnica, quer dizer, dos encarregados de tocar o projeto, se insere neste contexto. É um time premiado. Carlos Gerbase e Augusto Malmann
serão os diretores. Entre múltiplas atividades, Gerbase dá aulas na PUC de óculos e com os cabelos grisalhos. Assim de longe parece mesmo um sério e sisudo intelectual do mundo acadêmico, mas prefiro lembrá-lo berrando como vocalista dos Replicantes.
Os mais velhos, na faixa dos 40 anos, devem ter visto Verdes Anos. Se não viram, não sabem o que perderam. Os nem tão velhos assim, talvez até a gurizada, esses conhecem Tolerância ou Sal de Prata, seus dois últimos longas. Gremista até a medula, recordo de uma vez que Gerbase largou o microfone no meio de Surfista Calhorda e tremulou uma bandeira do Grêmio em um show dos Replicantes. É um torcedor fanático, mas gentil e respeitoso na rivalidade Gre-Nal.
Falo mais de Gerbase por que, de certa forma, trata-se de uma celebridade do cinema brasileiro. Ainda que as adolescentes não gritem por ele na rua, nos
sets de filmagem não há quem desconheça Gerbase ou a Casa de Cinema. Mas o
dueto com Malmann na direção, acrescido do roteiro de Gustavo Fogaça, reforça o DNA artístico do filme.
Quando o filme será lançado? Não se sabe ainda.
Haverá, revelações bombásticas? Sim, haverá. O distanciamento histórico fez Renato Portaluppi, Valdir Espinosa e Mário Sérgio, entre outros personagens, destravarem a língua em seus depoimentos.
Se você é gremista ou amante do cinema, não dá para perder.
Por que "1983, o Ano Azul", promete.
Ah, em tempo:
Na foto de Luiz Ávila, de 11/12/1983: Em pé: Paulo Roberto, Mazaropi, Baidek, China, Paulo César Magalhães e Hugo de León. Agachados: Renato, Osvaldo, Tarciso, Paulo César Caju e Mário Sérgio.
Leia os textos
anteriores da coluna No Ataque.
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