| 26/04/2009 10h10min
Ele será o jogador mais velho do Campeonato Brasileiro que começa no dia 10 de maio. Aos 42 anos, o volante Fernando, do Santo André, aquele mesmo que chegou a ser ídolo da torcida do Inter em 1997, desta vez garante: encerra a carreira no fim do ano. Por obra do destino, o jogo de despedida será no Beira-Rio. Na última rodada, o clube do ABC paulista enfrenta o Inter, em Porto Alegre, no dia 6 de dezembro. Confira trechos da entrevista com o "vovô" Fernando:
Era um plano prolongar a carreira por tanto tempo?
Fernando: Não. Foi acontecendo. É que sempre apareceu emprego no fim da temporada, aí fui adiando. Mas nos últimos anos a culpa disso é dos dirigentes do Santo André. Já decidi parar umas três vezes, mas eles sempre me convencem do contrário.
A ideia é jogar até quando?
Fernando: Ah, este ano é o último. Chega, né? E minha partida de
encerramento vai ser contra o Inter. O último jogo do Santo André no Brasileirão é aí, no Beira-Rio, em dezembro. Quando vi a tabela, pensei: "não acredito: isso só pode ser coisa do destino".
Qual a maior lembrança da passagem pelo Inter?
Fernando: O título de 1997. O time do Grêmio era campeão brasileiro. Tinha uma grande equipe. Ganhamos e, no dia seguinte, os colorados encheram o párabrisas do meu carro de bilhetes de agradecimento. Nunca mais esqueci deste gesto.
Quais os cuidados para chegar aos 42 anos jogando futebol na Série A?
Fernando: Digo sempre que sou um privilegiado. A diferença, no meu caso, está na genética. Não sei explicar. E o mais curioso é que, na minha posição, tem que correr mais do que os outros. Fisicamente, sempre fui acima da média. Não sou evangélico, mas sempre agradeço a Deus por essa condição.
Você não é poupado, de vez em quando?
Fernando: No Paulistão, tivemos 19
partidas. Joguei todas.
Não sai aos 25 minutos do segundo tempo, para dar uma descansada?
Fernando: Só se estiver 4 a 0.
E a alimentação?
Fernando: Nada. Não me privo de nada. Como de tudo. É genética mesmo. Tenho o mesmo peso de quando comecei e meu percentual de gordura é mínimo.
Você não tem medo de encarar tantos jovens e velozes jogadores neste
Brasileirão, como Taison, Keirrison ou Neymar?
Fernando: Não. Aprendi os atalhos. Não corro sem necessidade. Gasto menos energia. Além dos mais, sempre tive velocidade nos movimentos. Não fosse assim, não estaria jogando aos 42 anos. Vou me divertir correndo atrás desses moleques (risos).
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