| 20/04/2009 12h41min
Após a derrota para a Chapecoense — e a consequente perda da invencibilidade avaiana de quase 15 meses na Ressacada —, o meia Marquinhos explicou o desentendimento de alguns jogadores do Leão com torcedores que invadiram uma área privativa do estádio. Em entrevista coletiva depois da partida, o jogador confirmou que o elenco foi confrontado e houve agressão física:
— Acabou o jogo e algumas pessoas da torcida gritaram ‘vergonha' e fizeram gestos obscenos para gente. Eu só
falei para eles: ‘Quero ver depois’, porque esse jogo, claro que tinha a invencibilidade,
mas não decidia nada de título para ninguém — ressaltou.
— E aí vieram dois, três ou quatro torcedores, deram a volta (no estádio) e entraram pelo estacionamento para pisotear alguns carros e jogar pedras no vestiário. E a gente, como também estava de cabeça quente, não queria perder, foi lá conversar e houve desentendimento, empurrões para lá e para cá — detalhou.
Uma vez passada a confusão, Marquinhos disse que a delegação se reuniu com representantes da Macha Azul, organizada do Avaí, que negou ter participado da briga. Segundo o atleta, o caso foi resolvido e o elenco terá o apoio da torcida até o final do Campeonato Catarinense.
— A gente estava ali reunido com a diretoria da Mancha. Então, está tudo resolvido. Eles falaram que, da parte deles não tem nada, foram alguns torcedores que não são da organizada. A gente pediu o apoio deles, o mesmo que a gente vem recebendo ao longo da competição.
Meia diz que torcida
ficou mal acostumada
Marquinhos não
escondeu que ficou chateado com a cobrança depois de tantas conquistas obtidas por este mesmo grupo. Para ele, o fato de o Leão ter ficado invicto em casa por mais de um ano acabou acostumando mal alguns torcedores.
— É até estranho porque no ano passado, nos primeiros jogos da Série B, a gente empatava e não tinha essa reivindicação. Acredito que a invencibilidade, esse tempo todo que a gente ficou em casa sem perder, fez mal.
Triste com a situação, o meia desabafou e afirmou que o amor pelo Avaí, tantas vezes alardeado por ele, parece não significar nada após um resultado negativo.
— Nunca deixei de falar sobre o carinho que eu sinto. A gente fica chateado porque tive chance de sair e nunca pensei em sair. Pensei em ficar até o fim e lutar e honrar a camisa do Avaí.
— Eu particularmente, fiquei triste, porque, ano passado, um torcedor com camisa da torcida foi lá e jogou uma moeda para mim. Às vezes, a gente mostra que gosta mais do clube do que a torcida do jogador. Às vezes, eu acho que esse amor todo que eu tenho pelo Avaí não vale de nada — desabafou.
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