A ponteira Érica, pelo Rio de Janeiro, e a oposto Elisângela, pelo Brusque, se encontrarão nesta sexta na abertura das semifinais da Superliga Feminina de vôlei. As duas jogadoras, além de muito amigas, são as maiores pontuadoras da história da competição. Elisângela leva vantagem, com 3.323 pontos assinalados, enquanto Érika é a segunda colocada, com 3.256, uma diferença de 67 pontos. A partida, a primeira da série de três, será realizada às 20h30min, na Arena Multiuso, em Santa Catarina.

Quando o assunto é amizade, as jogadoras só conseguem elogiar uma a outra, além de lembrar de momentos de felicidade.

– Ela é uma irmã para mim. Nos conhecemos em 1996, nas seleções de base. Tínhamos uma afinidade, mas não éramos tão amigas. Dois anos depois, nos encontramos no Rio de Janeiro e passamos a dividir até apartamento. Jogamos juntos também no Minas, onde ela morou comigo e meus pais, e em Macaé, onde fui eu que fiquei na casa dela. Sem dúvida nenhuma, é a irmã que eu não tive – afirma a ponteira Érika.

– Com o passar dos anos, a gente amadurece, selecionamos mais as amizades. No mundo do vôlei é difícil você manter uma amizade e, com certeza, ela é a melhor amiga. Estamos sempre nos falando. Meu filho é apaixonado por ela. Hoje em dia é complicado aparecer uma amizade como a nossa. Por isso, ela é minha segunda irmã – diz Elisângela.

Apesar do companheirismo, elas só pensam na vitória de suas respectivas equipes para garantir a vaga na final da Superliga.

– Sou profissional, tenho minhas responsabilidades e sempre quero ganhar. Estou ali para bloqueá-la, se for preciso. No entanto, mesmo com a gana pela vitória, espero que ela jogue muito bem sempre. A vitória tem que vir para meu time, mas a Elisângela pode atuar bem – diz Érika.

– Nunca me passa pela cabeça a Érika jogar mal. Eu sempre quero ganhar, mas ela também tem que ir bem – concorda Elisângela.