| 01/04/2009 09h49min
Jogadores e dirigentes do Caxias negam falta de tranquilidade em campo, mas as reações que envolveram o tumulto após a derrota de virada para o São José, domingo, no Passo D’Areia, indicam o contrário. Quando a bola ainda rolava, no segundo tempo da partida, já houve um princípio de conflito entre alguns torcedores grenás e um destacamento da Brigada Militar (BM).
Dentro de campo, uma indecisão defensiva chegou a provocar um breve bate-boca entre Daniel e Wágner. Depois da partida, o clima só piorou, descambando para troca de insultos entre integrantes da comissão técnica do Caxias e torcedores do Zequinha, culminando em Boletins de Ocorrência.
– Na saída de um jogo desses, perdendo da maneira que perdemos, os ânimos ficam um pouco mais exaltados e qualquer coisa acaba ganhando peso – observou o atacante Marcos Denner.
Em outros episódios, cobranças públicas mais intensas do treinador geraram constrangimento e abalos - não assumidos oficialmente - no vestiário. Recentemente, Argel assinou contrato para comandar o time na Série C.
Na opinião do lateral-esquerdo Brida, um dos mais contestados pela torcida, a instabilidade formou um ciclo vicioso, se realimentando a partir de maus resultados e, por conta disso, gerando novos insucessos.
– Tudo de bom que fazemos nos jogos fica escondido no final pelo placar. Jogamos bem e o resultado não vem. É uma fase...
Para o jogador, há até um marco de frustração na campanha do segundo turno do Gauchão. Que precisará ser superado justamente diante do favorito Grêmio, amanhã, às 15h45min, no Centenário. Ou termina o campeonato para o Caxias.
– O jogo da Ulbra foi um caso: deu um baque muito forte na gente. Até agora eu não consigo aceitar aquele resultado (empate em 2 a 2, após estar vencendo por 2 a 0 até os 34 minutos do segundo tempo). Esses jogos perdidos no final realmente nos deixam intranquilos – salientou.
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