| 20/03/2009 10h32min
Muitas pessoas aguardavam a abertura da loja Multisom da Rua dos Andradas, em Porto Alegre, para comprar ingressos para o jogo da Seleção Brasileira em Porto Alegre, dia 1º, contra o Peru. No entanto, quando a loja abriu, os bilhetes não estavam disponíveis. Chegaram somente por volta das 10h. Enquanto isso, uma fila já ultrapassava a Esquina Democrática.
Porém, os torcedores são brasileiros e não desistem nunca. O primeiro da fila, Cláudio Alves da Rosa, saiu de Palmares do Sul especialmente para isso às 5h30min, e chegou ao centro de Porto Alegre às 7h30min. Ele quer ingressos para ele e para a filha Ana Cláudia, de 13 anos:
– Ela é apaixonada por futebol, quer ver o Ronaldinho e o Robinho. A gente fica chateado, porque foi anunciado que começaria a vender hoje de manhã. Mas vale a pena por mim e por ela. A gente é colorado apaixonado e faz este sacrifício para ver a Seleção no Beira-Rio. Todo sacrifício vale a pena.
Logo atrás dele, Angelo Magalhães esperava para cumprir uma promessa: o presente para o filho Rickson, 10 anos, por ter passado na seleção para o Colégio Militar.
– É decepcionante, porque a gente faz toda uma logística de deixar o filho na escola, negociar horário no trabalho e, quando chega aqui, não é o que foi veiculado. Mas isso não tira a motivação, o povo gaúcho sempre deu muita sorte para a Seleção. Pelo meu filho, vale a pena ficar cinco dias na fila.
Um pouco mais para trás, avô e neto aguardavam pacientemente. Os colorados Raul Alves de Assis e Derick Assis de Oliveira querem ver Alexandre Pato no Beira-Rio novamente. Outra "super colorada", na definição dela mesma, Larissa Câmara de Sfair, está ansiosa para ver Kleber, atual jogador do Inter, em ação pela Seleção. Ela esperava para comprar ingressos para ela e para o noivo, Rafael Mallmann.
Até quem não é brasileiro de nascimento faz o possível para ver a Seleção. O simpático japonês Foichi Mishihara, chegou na loja às 8h. Desde junho no Brasil, é fã de Kaká, mas como Kaká não vai jogar, ele quer ver Robinho na Seleção. A longa espera não o abala:
– É uma experiência para mim.
Nem todos, porém, têm a mesma paciência. Valter Flores, 63 anos, foi para casa após mais de uma hora de espera.
– Ninguém informa, só diz que tem que ir para a loja. A gente chega lá, vai para a fila e, quando abre a loja, eles dizem que não vão vender para idosos e estudantes, só pelo preço normal. Não podia ter limite de 5 mil ingressos para idosos e estudantes – reclamou Valter.
De acordo com o gerente da loja da Esquina Democrática, Airton Rosa, chegaram no local entre 80 a cem ingressos para idosos e estudantes.
ZEROHORA.COMGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2011 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.