| 01/12/2008 18h17min
O ministro do Esporte, Orlando Silva, aproveitou sua passagem por São Paulo para eleger a cidade como um dos carros-chefes para o sucesso da Copa do Mundo de 2014, ao lado do Rio de Janeiro. O ministro participou de um encontro com o objetivo de discutir e elaborar metas para o desenvolvimento da infra-estrutura necessária para sediar o evento no Brasil.
– São Paulo tem o papel-chave. É a principal cidade do país e as maiores empresas estão aqui. São Paulo e Rio de Janeiro serão os dois principais pilares da organização do evento e terão participação decisiva no sucesso da Copa.
No encontro, Orlando Silva apresentou os números que ilustram os ganhos recebidos pela Alemanha por conta do Mundial de 2006, assim como a previsão de retorno para a África do Sul, palco da Copa de 2010, mas não soube precisar o valor que o Brasil precisará investir para deixar tudo pronto a tempo da realização da Copa de 2014.
– Temos números da Alemanha e perspectivas para a África do Sul. A Copa será em 2014, mas haverá incremento na economia do país antes e depois disso. Os números do investimento carecem da decisão da Fifa sobre quantos sedes teremos. A Fifa quer 10, nós insistimos em 12, pois somos um país continental. A definição sairá em março e só então poderemos priorizar quais investimentos serão feitos em quais cidades.
Veto ao dinheiro público
Independentemente do número de sedes que serão definidas pela Fifa, Orlando Silva tem uma opinião formada quanto à utilização do dinheiro público para a construção ou reforma de estádios e arenas esportivas, como foi feito na construção do Bezerrão, na cidade-satélite do Gama, que custou R$ 56 milhões aos cofres do governo do Distrito Federal.
– Eu acho um erro o governo investir na construção ou reforma de estádios, pois já terá que investir muito em infra-estrutura, como portos, aeroportos, estradas e telecomunicações. O setor público deveria refletir sobre a conveniência de investir nesse tipo de equipamento e, para mim, não é conveniente.
Na opinião do ministro, a saída para a modernização dos estádios e para o surgimento de novas arenas seria uma parceria com a iniciativa privada.
– O governo deveria sim criar a oportunidade de fazer concessões para que o setor privado possa administrar esse tipo de espaço. O governo garantindo crédito pode estimular participação e investimento privado – concluiu.
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