| 25/11/2008 10h49min
A ajuda que o Grêmio tanto precisa para conquistar o Brasileirão 2008 pode vir de um ex-atacante gremista. O Fluminense, do artilheiro Washington, 20 gols no campeonato, enfrenta o São Paulo no Morumbi às 17h deste domingo (horário de Brasília). Caso o time das Laranjeiras não perca, e o Tricolor vença o Ipatinga, tudo se decidirá na última rodada. Já que o Grêmio não depende mais apenas de seus resultados para conquistar o Brasileirão, os gols de Washington surgem como uma das últimas esperanças. O jogador está confiante na vitória sobre o time de Muricy Ramalho.
Depois de ajudar a derrotar o Inter no domingo, em Porto Alegre, por 2 a 0, Washington foi para Caxias do Sul visitar familiares e cuidar de negócios. No começo da tarde desta segunda, o jogador conversou com o Pioneiro. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
Pioneiro: Apesar de estar na 13ª colocação e ainda brigando para não ser rebaixado, o Fluminense tem condições de
segurar o São Paulo no Morumbi lotado
e evitar o título antecipado?
Washington: Claro. Estamos com um time bem ajustado, que cresceu no últimos jogos, experiente e nos sentimos à vontade para jogar contra o São Paulo. Sabemos que eles virão para cima, que têm essa responsabilidade e querem comemorar o título diante de sua torcida. Porém, se estivermos em uma tarde bem organizada e soubermos articular contra-ataques, poderemos vencer. A torcida do Grêmio pode ficar confiante, porque daremos o máximo, até mesmo porque não estamos completamente livres do rebaixamento. O Fluminense é time grande, que cresce em momentos decisivos.
Pioneiro: Por falar em decisões, neste ano o Fluminense eliminou o São Paulo nas quartas-de-final da Libertadores, no Maracanã. Você fez o gol da vitória, no finalzinho do jogo, que considerou um dos mais emocionantes da sua vida. A situação era outra, mas agora também é possível fazer um jogo de exceção?
Washington: Vamos lutar para isso.
Aquele jogo (vitória por 3 a 1) foi muito
marcante, inesquecível. Repito, faremos o possível para vencer e eu quero marcar gols, até porque ainda luto pela artilharia do campeonato (tem 20 gols, um a menos que o atacante Kléber Pereira, do Santos). O São Paulo é um grande time, não perde há muitas rodadas, mas temos condições e jogadores para vencer.
Pioneiro: Depois de superar um grave problema de saúde, você pretende jogar até que idade?
Washington: Mais uns dois ou três anos, pelo menos.
Pioneiro: E quer terminar a carreira em qual time?
Washington: Ainda não sei, mas desejo muito ainda jogar nos Emirados Árabes ou no Catar.
Pioneiro: Como estão as tratativas para o ano que vem? Brasil ou Exterior?
Washington: Estou estudando algumas propostas, principalmente de times brasileiros, mas nada ainda está acertado.
Pioneiro: Como estão suas
relações com o Caxias, seu ex-clube? De que forma você pode colaborar?
Washington: (demonstrando
seriedade) Olha, neste ano eu tentei ajudar o Caxias, que é o meu time do coração, pelo qual eu torço muito, mas minhas sugestões não foram aceitas.
Pioneiro: Quais sugestões?
Washington: Indiquei vários jogadores para o clube, os quais eu conhecia bem e que poderiam colaborar na campanha deste ano e também de 2009, mas não houve interesse. Infelizmente.
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