| 20/11/2008 04h50min
A futura direção do Grêmio pretende aumentar o controle sobre a atuação das torcidas organizadas. Com posse marcada para a segunda quinzena de dezembro, o presidente eleito, Duda Kroeff, nomeou uma comissão para criar conjunto de regras a serem seguidas pelos torcedores.
Por enquanto, as medidas são tratadas em sigilo nos bastidores do Olímpico. Já se sabe, porém, que uma delas será o fim dos repasses financeiros e da distribuição de ingressos às organizadas. Também haverá uma fiscalização, por parte do departamento de marketing, sobre a venda de produtos com a marca Grêmio. Só a Geral lucraria cerca de R$ 70 mil mensais revendendo ingressos e comercializando produtos oficiais.
A partir de 2009, caberá ao próprio clube contratar as empresas de ônibus que levarão os torcedores para jogos fora de Porto Alegre. A medida começará a valer já a partir do Gauchão, a primeira competição na temporada.
Será repetida uma prática adotada com sucesso em 2003.
Naquele ano, cada ônibus levava dois
seguranças, que impediam o consumo de bebidas alcoólicas e controlavam o comportamento dos torcedores nas viagens.
Em jogos fora da Capital, a cota de ingressos destinada a torcedores do Grêmio será retirada por um funcionário na secretaria do clube adversário e repassada diretamente aos bilheteiros, que serão os responsáveis por controlar o acesso.
– A torcida é maravilhosa, auxilia o time, mas precisa cumprir regras. Por trás dessa briga entre a Geral e a Máfia, está a disputa pelo poder financeiro – afirmou um integrante da comissão criada por Duda Kroeff, que pediu para não ser identificado.
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