| 17/11/2008 19h15min
A briga entre parte da torcida do Grêmio, que deixou dois feridos na noite deste domingo, pode ter tido motivação racista. De acordo com um dos líderes da torcida Máfia Tricolor, um integrante de um grupo chamado GAS (Geral Ataque Surpresa) teria disparado contra dois outros gremistas por terem ficado descontentes ao verem homenagens a personalidades negras da história do clube.
— Eles são extremamente racistas. Eles estão contra nós desde que colocamos nossa bandeira do Lupicínio Rodrigues — contou um integrande da Máfia, que pediu para não ser identificado, ao repórter Fábio Almeida, da Rádio Gaúcha.
Após homenagear em uma faixa o famoso compositor e autor do hino do clube, a torcida do Grêmio confeccionou uma bandeira com o rosto de Everaldo, ex-jogador gremista e único atleta de clubes do Rio Grande do Sul a participar da conquista da Copa de 1970 pela Seleção Brasileira. Segundo o torcedor, isto motivou a briga que acabou com os gremistas Lucas Ballardin, 19 anos,
e Marçal Santos, 30
anos, baleados.
— Eles ficaram acuados no bar, na José de Alencar. Quando eles recuaram, veio um carro para nos atropelar. Quando o veículo parou em frente ao bar, um elemento deu dois disparos para cima. Um segundo elemento tirou a arma da mão do primeiro, disse "eu mato este p..." e efetuou os disparos que acertaram nossos amigos — explicou Fábio.
A briga envolveu dezenas de torcedores do Grêmio após a partida contra o Coritiba no Estádio Olímpico. O confronto ocorreu na Rua José de Alencar, próximo ao Largo dos Campeões, no bairro Azenha, por volta das 21h30min. Lucas e Marçal passaram por cirurgias na madrugada desta segunda no Hospital de Pronto-Socorro.
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