| 04/10/2008 16h26min
A polêmica reeleição de Carlos Arthur Nuzman para o cargo de presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) gerou insatisfação na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com Ricardo Teixeira, a entidade foi desrespeitada com o fato de a eleição ter sido marcada sem grande antecedência.
– Isso não é transparência – comentou Teixeira ao jornal O Globo.
Opositores de Nuzman reclamam que a eleição feita às pressas foi uma maneira de ele desarticular qualquer movimento contrário, garantindo assim mais quatro anos no cargo. Por sua vez, o dirigente alega que fez isso porque tinha uma viagem marcada para o México neste final de semana, a fim de cuidar da campanha do Rio de Janeiro para os Jogos de 2016.
Apesar de o COB alegar que a CBF confirmou presença na Assembléia que reelegeu Nuzman - o diretor-jurídico Carlos Eugênio Lopes seria o representante de Ricardo Teixeira -, a entidade que cuida do futebol
disse, segundo o jornal O Estado de S.Paulo,
que mudou de posição após uma reunião. Ele disse que não mandou ninguém ao encontro por não concordar com a condução do processo, pois a instituição teria sido desrespeitada com a convocação fora do prazo estabelecido pelo estatuto do COB.
Ironicamente, Ricardo Teixeira também já foi acusado diversas vezes de não respeitar o estatuto da CBF para se reeleger. Em 2015, quando termina o atual mandato, ele completará 25 anos à frente da entidade, enquanto Nuzman chegará aos 17 no comando do COB em 2012, quando termina o novo mandato.
CBF e COB têm enfrentado uma série de problemas nos últimos meses por conta de divergências quanto ao uniforme utilizado pelas seleções nacionais nas Olimpíadas de Pequim.
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