O atacante Dodô foi flagrado em um exame que registrou a substância femproporex, uma anfetamina usada para reduzir o apetite. Segundo o presidente da Comissão Médica da Organização Desportiva Sul-Americana (Odepa), Eduardo De Rose, a substância também tem como característica aumentar a performance  de um atleta.

– É um estimulante muito forte, que estimula o atleta porque permite que ele jogue mais tempo, uma vez que ela tira a sensação de cansaço. Retira a fome, sede, vontade de dormir e aumenta a capacidade de trabalhar fisicamente. Por isso, é proibida para quem faz esporte – afirma o médico.

Dodô foi pego no exame realizado no dia 14 de junho, quando ainda defendia o Botafogo, no clássico contra o Vasco. Por causa disso, foi suspenso dos gramados pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) por um período de dois anos.

Um dos advogados do atacante, Marcos Motta, avisou que vai tentar um recurso. Por outro lado, De Rose explicou que as decisões do Tribunal Arbitral do esporte são irrecorríveis.

– Quando um atleta entra com pedido para que a Corte Arbitral julgue o caso, tem que assinar um documento que vai aceitar a decisão como definitiva. Não há como recorrer – explica. – Não tem como julgar a intenção do atleta. O fato é que quando uma substância proibida é encontrada no exame de urina do jogador, ele passa a sofrer a punição – continua.

De Rose ainda explicou que os atletas têm que ter um cuidado especial com a alimentação. Por isso, devem sempre ter acompanhamento médico. De acordo com o médico, o cuidado deve ser extremo, já que muitos medicamentos não contêm na bula todos os ingredientes.

– O grupo de substância que mais pode se consumir sem saber é basicamente os anabólicos, aminoácidos, que muitas vezes vêm em complementos alimentares e não tem isso especificado nos rótulos – completa.