| 06/09/2008 14h28min
Em três jogos fora de casa nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, a seleção brasileira fez apenas um gol. E ainda não venceu. Empatou por 0 a 0 com a Colômbia, por 1 a 1 com o Peru e perdeu por 2 a 0 para o Paraguai. Parece um visitante que não incomoda. Mas o problema não é apenas do time de Dunga. Desde 2002, quando passou a disputar o torneio no atual modelo com todos contra todos em jogos de ida e volta, o Brasil sofre.
Já são sete partidas sem vencer como visitante (quatro empates e três derrotas). A última vitória brasileira fora de casa aconteceu dia 9 de outubro de 2004, com goleada de 5 a 2 sobre a Venezuela em Maracaibo, gols de Kaká (2), Ronaldo (2) e Adriano.
Nas eliminatórias para a Copa de 2002, o Brasil teve uma fraca campanha como visitante. Em nove jogos, foram só duas vitórias - sobre Peru e Venezuela -, um empate e incríveis seis derrotas. O aproveitamento foi de apenas 26%. Nas eliminatórias para a Alemanha-2006 não foi diferente. Novamente foram apenas duas vitórias — Colômbia e Venezuela -, mas agora com cinco empates e duas derrotas — Equador e Argentina. O aproveitamento subiu para 41%.
Considerando as eliminatórias para as Copas de 2002, 2006 e 2010, a seleção disputou 21 jogos como visitante e teve quatro vitórias, oito empates e nove derrotas, um aproveitamento de 32%.
Contra o Chile, neste domingo, em Santiago, a seleção precisa vencer. Com o quinto lugar na classificação das eliminatórias, Dunga vive sob pressão. E o treinador prevê uma partida bastante complicada.
— O Chile vive um bom momento. A colocação deles nas eliminatórias (quarto lugar) mostra isso. Eles ganharam dois jogos fora de casa contra Bolívia e Venezuela. Eles têm um futebol muito competitivo. O ponto forte deles é a velocidade, a qualidade técnica, além da pressão que eles exercem no adversário quando jogam em casa — disse Dunga.
Para piorar a situação, a seleção principal não marca um gol há 311 minutos. O jejum incomoda os jogadores.
— Precisamos jogar para frente, jogar com alegria, jogar para vencer. E criando o máximo de oportunidades. Esse é o caminho para acabar com o jejum de gols — disse o Fabuloso, autor dos dois gols da última vitória brasileira nas eliminatórias contra o Uruguai.
Com informações do GloboEsporte
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