| 03/08/2008 17h21min
Citada pela revista norte-americana Time como uma das 100 atletas com possibilidade de brilhar nos Jogos Olímpicos de Pequim, a meio-campista Marta desembarcou na China com o status de celebridade. Mas que ela não faz nenhuma questão de ter.
Eleita a melhor jogadora do mundo nos últimos dois anos pela Fifa, Marta mantém um discurso de humildade e diz que o conjunto será importante na busca pela inédita medalha de ouro.
— Não me vejo como uma estrela. Para mim, essa eleição da revista é gratificante, mas, por trás de mim, tem o trabalho de todas as minhas companheiras. Temos que trabalhar juntas e buscar um só objetivo, que é a medalha de ouro — afirma a camisa 10.
Durante o treino da manhã deste domingo em Shenyang, era fácil notar o clima de reciprocidade entre as atletas brasileiras. Em cada gol marcado ou nas bolas rebatidas pelas zagueiras e até nas defesas da goleira Andréia, ouviam-se palmas de apoio das jogadoras.
Grande parte disso graças ao trabalho do técnico Jorge Barcellos, que busca fortalecer o espírito coletivo da equipe através de suas palavras. Afinal, o treinador sabe que sua camisa 10 também é passível de erros, como na final do Mundial do ano passado, quando a atleta desperdiçou uma cobrança de pênalti.
— O trabalho é de grupo. Não adianta a Marta ser a melhor do mundo e a Cristiane ficar com a artilharia se as outras não ajudarem — destaca o treinador, que neste domingo orientou um treino tático, seguido de finalizações em um campo anexo ao Estádio de Shenyang.
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