| 31/07/2008 21h42min
Aos 20 anos, o meia Anderson, ex-Grêmio e hoje no Manchester United, é um dos astros da Seleção Brasileira que disputará os Jogos Olímpicos de Pequim. O jogador se destaca em relação aos companheiros pela naturalidade: gosta de falar o que pensa, sem respostas prontas e preocupação em dar opiniões.
A naturalidade o ajudou a ganhar espaço na Seleção e na Europa. Tanto que é um dos jogadores mais queridos do clube inglês, que pagou € 31 milhões (cerca de R$ 82 milhões) para comprá-lo do Porto. Recentemente, questionado na Seleção se foi difícil cobrar um dos pênaltis na decisão da Liga dos Campeões contra o Chelsea, o meia nem pensou:
– Difícil era passar dificuldade na infância – disse, segundo o Globoesporte.com.
Para quem não o conhece, Anderson pode passar uma imagem de prepotente. Mas o jogador garante: é apenas impressão.
– É o meu jeito. Nunca procurei mudar. Falo com as pessoas normalmente e sempre me dei bem. Se me fazem uma pergunta que não gosto respondo da mesma forma. Sou bem tranqüilo – disse o jogador.
Em tempos de declarações políticas, que evitam polêmicas e não saem da gíria do futebol, Anderson prefere se manter autêntico. Não se preocupa com o que os outros falam. Em Cingapura, após o treino, ele foi até um garoto na arquibancada que cantava uma música em sua homenagem e lhe deu o par de chuteiras que acabara de usar.
– Tudo o que tenho é graças à minha personalidade. Sou sincero. Não tenho meias palavras. Não me comporto diferente porque estou em frente à TV ou falando no rádio.
Tietagem asiática
Em Hanói, no Vietnã, Anderson é um dos mais conhecidos jogadores brasileiros. O tumulto causado pelos torcedores com a presença da Seleção Olímpica não incomoda o meia. A tietagem chega a atingir níveis quase incontroláveis.
– Aqui na Ásia o pessoal é muito mais fanático. É um povo pobre. Tudo fica marcado para eles. O Brasil nunca esteve aqui. Não me incomoda tudo isso. É o carinho que eles têm pela gente. A alegria deles é o futebol. É difícil sentir isso em outro lugar – declarou o jogador.
Marca na geração
O ex-meia do Grêmio exaltou a importância de ganhar a inédita medalha de ouro em Pequim. E resumiu este sentimento em poucas palavras:
– A medalha de ouro marcaria esta geração para sempre.
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