| 28/07/2008 08h14min
A surpreendente derrota em Ipatinga não serviu apenas para que o Inter arranhasse sua imagem nacional de candidato ao título. Mas, sobretudo, comprometeu a campanha de recuperação da equipe no Brasileirão. Tudo porque desde a chegada de Tite ao Beira-Rio, o clube projeta a soma de quatro pontos a cada dois jogos. Assim, poderia alcançar os líderes do campeonato, e manter-se entre eles. Porém, nos confrontos contra São Paulo e Ipatinga, a projeção era de seis pontos. Ganhou três. Agora, nas quatro partidas que restam no turno, será obrigado a vencer pelo menos três e empatar uma para cumprir o cronograma.
O problema é que desses quatro jogos, dois são fora: contra Fluminense e Cruzeiro – mais
dois em Porto Alegre, contra Santos e Figueirense –, o
que torna a concretização de tal meta uma missão muito difícil.
Com cinco derrotas e três empates como visitante, o Inter faz campanha de clube que chegará no máximo à Copa Sul-Americana em 2009. Para sonhar com a Libertadores da América, ou até mesmo com o título, é necessário vencer de cinco a oito jogos fora de casa. Restam 11 para os colorados até a última rodada do Brasileirão, em 6 de dezembro.
Reforços estréiam dia 7
Menos mal que agosto se aproxima e os reforços começarão a ser escalados. Diante do Cruzeiro, no Mineirão, no próximo dia 7, Bolívar e Rosinei já poderão estrear. Gustavo Nery também (este ainda não pode jogar devido ao condicionamento físico distante do ideal, e não por causa da janela para atletas que vieram do Exterior).
No sábado, mais grave que levar 1 a 0 do Ipatinga, foram as tentativas de justificar a derrota. O vestiário do Inter lembrou o pior momento do clube, naquela
série de reveses dos anos 90. Sem poder culpar a arbitragem pelo
novo fracasso longe do Beira-Rio (justificativa utilizada na derrota para o Palmeiras e nos empates com Grêmio, Atlético-PR e Náutico), a desculpa da hora foi o cansaço e o tamanho do campo do Ipatingão.
– A equipe sentiu um pouco os últimos 13 dias. Não é desculpa para a derrota. O adversário foi efetivo, fez o gol. Um pouco da falta de intensidade foi por causa das viagens – comentou Tite.
Já o
presidente Vitorio Piffero tentou isentar a equipe da obrigação de vencer o pior time do campeonato e candidatíssimo ao descenso:
– No campo, são 11 contra 11. Pela posição que estamos hoje, e pelo futebol que vem sendo apresentado, a vitória seria, talvez, o mais provável. Mas isso não existe. Me recordo que o Ipatinga deu um calorão no São Paulo, no Morumbi. Os que estão lá embaixo na tabela são os mais aguerridos.
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