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 | 17/05/2008 17h33min

Figueira recebe o Coritiba em busca de vantagem matemática

Preocupado com as falhas na estréia, Gallo quer eficiência na defesa

Luciano Smanioto  |  luciano.smanioto@diario.com.br

O Orlando Scarpelli recebe pela primeira vez os campeões estaduais neste domingo, às 18h10min, na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O clicRBS narra a partida pelo Minuto a Minuto e a CBN/Diário transmite ao vivo.

Um time que vem no embalo do título catarinense e de uma reação fantástica na estréia na Série A, quando perdia por 5 a 2 para a Portuguesa e buscou o empate. É também um time pronto para cumprir o objetivo da temporada, o de chegar à conquista da inédita vaga na Copa Libertadores da América?

O torcedor, por enquanto, parece desconfiado. O consenso geral é o de que o time precisa de reforços. Até agora, o clube só contratou o volante Magal (ex-Guaratinguetá) e repatriou o zagueiro Tiago Prado, campeão estadual em 2006, que vem de uma temporada atrapalhada por uma lesão grave e novamente se machucou.

Os torcedores que conversaram com a reportagem do Diário Catarinense foram unânimes em apontar as carências da equipe: um zagueiro, um lateral-esquerdo e um atacante de área, centroavante típico — há até quem já sinta saudades de Tuta! E é justamente nestas posições que a diretoria espera reforçar o elenco. Até onde o orçamento permitir.

— Não é fácil encontrar nomes compatíveis financeiramente e tecnicamente. Não podemos nos precipitar para não errar — avaliou o superintendente da Figueirense Participações, Rodrigo Prisco Paraíso.

Não é fácil para qualquer clube montar um elenco competitivo, mas quem teve a felicidade de registrar inscrição no seleto Clube dos 13 tem condições melhores de investir em jogadores qualificados. São justamente estes times que ostentam o favoritismo na briga pelo título e, conseqüentemente, pela vaga na Libertadores. Até mesmo Coritiba, Portuguesa e Vitória, que voltam este ano à elite, têm orçamentos maiores — o do Figueirense gira em torno de R$ 22 milhões.

— A concorrência é desleal. Nós recebemos três vezes menos de cotas de televisão do que os clubes que fazem parte do Clube dos 13. Já solicitamos o ingresso no Clube dos 13, mas não conseguimos — lamentou o dirigente.

Único duelo entre os times ocorreu em 1973

O jogo que vai carimbar a faixa de campeão estadual do Figueirense não podia ter um adversário mais apropriado. O Coritiba foi justamente o primeiro oponente alvinegro na elite nacional, no dia 26 de agosto de 1973, no mesmo Orlando Scarpelli. Além disso, é um time de velhos conhecidos, como o técnico Dorival Júnior, o goleiro Édson Bastos e o atacante Thiago Silvy, que já defenderam o alvinegro da Capital.

Amizade e boas recordações à parte, o Coxa, campeão paranaense, já batizou o Palmeiras, campeão paulista, e vai em busca da segunda vitória na competição.

Para o Figueirense, vencer é uma questão de necessidade matemática. O planejamento passado pelo técnico Alexandre Gallo aos jogadores inclui uma planilha de pontos que o time precisa somar mês a mês para se manter na briga por vaga na Libertadores ou na Sul-Americana.

— A vitória diante do Coritiba é fundamental para que a gente possa alcançar o nosso número do mês de maio — comentou o treinador.

— É jogo de campeões, com duas equipes muito fortes. Temos que melhorar, não podemos sofrer cinco gols em uma partida — comentou o zagueiro Bruno Perone, que deve assumir o posto de Felipe Santana, negociado com o Borussia Dortmund (Alemanha).

Realmente, o desempenho da defesa no empate em 5 a 5 com a Portuguesa deixou o treinador preocupado. Principalmente com as falhas em lances de bola parada. Por isso, Gallo passou a semana trabalhando a jogada aérea. Só na quinta-feira foram 50 escanteios repetidos em um único treino.

É exatamente a necessidade de montar um time alto que faz de Bruno Perone (1m91cm) o favorito à vaga de Felipe Santana (1m92cm). Gallo estima que 60% de gols no futebol moderno têm saído de bola parada e portanto quer manter uma boa estatura na zaga. Tudo para estar no lado favorável das estatísticas.

— Temos que estar nesta média positivamente e temos que sair dela negativamente. O trabalho tem que continuar — argumentou.

 

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