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 | 16/05/2008 03h24min

Alex pede mais coragem dos jogadores em jogos fora do Beira-Rio

Meia acredita que uma discussão interna possa mudar o retrospecto do time como visitante

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

A análise é de Alex, o jogador mais importante do Inter na temporada, apontado em pesquisa da Rede Globo como o melhor do país em 2008. Um dia depois da decepcionante eliminação da Copa do Brasil para o Sport por 3 a 1, na Ilha do Retiro, ele alerta: se o time quiser algo no Brasileirão, precisa de mais "coragem" fora de casa. Não dá para levar tanta "pancada" longe de Porto Alegre.

É preciso, inclusive, uma discussão interna urgente, cujos resultados precisam aparecer domingo, no Parque Antártica, contra o Palmeiras. O Inter parece imbatível em casa, onde até os reservas dos reservas dão conta do recado, como diante do Vasco. Mas longe do aconchego do lar, mesmo titulares mais experientes sucumbem.

— Precisamos discutir isso. Temos que ter mais coragem fora do Beira-Rio. No Brasileirão, só tem chances quem ganha fora — alertou Alex, na chegada abatida do Inter no final da manhã de ontem, para em seguida reforçar o recado. — Precisamos de regularidade.



Na Copa do Brasil, foi justamente regularidade o problema do Inter. O épico 5 a 1 sobre o Paraná só aconteceu porque antes, em Curitiba, houve derrota por 2 a 0. Quarta-feira, o time não soube segurar a pressão do Sport e deixou a classificação escapar. Como Dubai era campo neutro e o Gauchão não conta pela ocêanica diferença com os times do Interior, a mudança de comportamento fora de casa fica mais evidente.

Ainda assim, o time apanhou duas vezes do Juventude na Serra. Sobre a Ilha do Retiro, alguns jogadores falaram abertamente no desembarque no Salgado Filho, deflagrando a terapia sobre a necessidade de deixar de ser apenas caseiro.

— No segundo tempo, fiquei isolado. Faltou ousadia — reclamou Nilmar.

— Cheguei ao exagero de cobrar tiro de meta, veja só isso! Mas a bola não parava na frente — surpreendeu-se Clemer.

Até o grupo, considerado suficiente pelos dirigentes para colocar o time na Libertadores no ano do centenário, mereceu críticas. Os alvos involuntários foram Pessanha e Derley.

— Entramos sem dois zagueiros titulares (Índio e Marcão) e os seus reservas (Sidnei e Titi) saíram machucados durante o jogo. Os meninos (Pessanha e Derley) não mantiveram um nível mínimo quando entraram. Isso foi decisivo — identificou o vice de futebol Giovanni Luigi.

Com ou sem reforços, o certo é que o Inter precisa aprofundar logo a discussão interna proposta por Alex acerca de ser time caseiro. Depois do Palmeiras, domingo, será a vez do Flamengo. No Maracanã.

Participe: é justo responsabilizar os jogadores jovens pela derrota do Inter para o Sport?

 

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