| 17/03/2008 07h10min
Na vitória por 2 a 0 sobre o São José, no sábado, o zagueiro Marcão teve jornada de atacante. Fez os dois gols e resolveu uma partida que se mostrava difícil para os colorados. Ainda perdeu um terceiro, em uma defesa difícil do bom goleiro Ney. Apesar da alegria por marcar cinco gols em uma única competição pela primeira vez, o zagueiro lamentou a defesa de Ney naquele lance:
— Lembrei que, se eu tivesse feito aquele gol, poderia pedir uma música nos Gols do Fantástico (todo o jogador que marca três gols no fim de semana escolhe a própria trilha sonora para a reprodução dos seus gols). Eu pediria qualquer uma do Hugo Pena e Gabriel (dupla sertaneja do Paraná, dona de sucessos como Abuso de Mulher, Cigana e Parece Castigo).
No entanto, aqui em zerohora.com, zagueiro que faz dois gols pode, sim, escolher suas músicas. Confira o som que o paranaense Marcão
gostaria de ouvir assistindo seus gols.
Homem-Aranha ataca novamente
Com a vitória, o Inter assegurou a classificação à segunda fase do Gauchão. Além disso, recuperou a auto-estima, abalada após a goleada sofrida para o Juventude, na semana passada. A transformação veio com a marca do Homem-Aranha, em sua segunda aventura pelo Inter. Na comemoração do segundo gol, aquele do desafogo de 21.513 colorados presentes ao estádio, Marcão escalou as redes, em mais uma homenagem ao filho Lucas, três anos, que enxerga no pai o super-herói da Marvel.
Marcão, 32 anos, começou a homenagear o filho no estádio Bento Freitas, em Pelotas, quando fez dois nos 5 a 0 aplicados no Brasil. Na semana anterior, ele havia marcado no Passo D'Areia, escalado o alambrado para vibrar com a torcida e impressionado Lucas.
Ao chegar em casa, ouviu do guri: "Pai, você parecia o
Homem-Aranha".
— A partir daquele dia, prometi ao Lucas que todo o gol que eu fizer será para ele. Mas, como fui proibido de subir o alambrado para evitar o cartão, resolvi escalar a rede. Ao menos não saio do campo. Não posso ser punido — justificou o zagueiro, cinco gols no Gauchão.
Os gols de Marcão também foram uma reabilitação do sistema de jogo de Abel Braga. Se diante do Juventude nada deu certo, no sábado, ao menos a movimentação do time voltou a ser boa — apesar das apagadas atuações individuais durante grande parte do jogo. Os gols de Marcão surgiram em duas ótimas assistências, uma de Fernandão, outra de Iarley.
— A turma da frente estava muito marcada. Fiz os gols porque surgi de trás, como elemento-surpresa, sem marcação. Peguei a defesa deles desprevenida — comemorou Marcão.
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