| 17/01/2008 23h16min
“Ô Luxemburgo, presta atenção. A Mancha Verde não perdoa traição”. O recado foi dado pela maior torcida organizada do Palmeiras ao treinador antes mesmo de a bola começar a rolar na Arena Barueri para a partida contra o Sertãozinho.
A manifestação da torcida teve como motivo as lembranças da última passagem do técnico pelo Palestra Itália. Em 2002, ano em que o Palmeiras foi rebaixado para a Série B, Luxemburgo fez mudanças radicais no elenco às vésperas do Campeonato Brasileiro, mas comandou o time apenas na primeira rodada, deixando o Alviverde para dirigir o Cruzeiro.
Em sua entrevista coletiva, depois de explicar a boa vitória da equipe na estréia do Paulistão, Luxemburgo foi questionado sobre a lembrança e a manifestação da torcida. E soltou o verbo:
– Não gostei. Achei desnecessária e inoportuna, pois sou um profissional do futebol e não um traidor. Eu fiz o que um profissional tinha que fazer e não me arrependo de ter saído do Palmeiras, pois não concordava com as coisas que estavam acontecendo no clube naquele momento – completou.
Em tom de desafio, Luxemburgo cobrou da torcida a mesma atitude que as arquibancadas estão exigindo dele e ainda avisou que uma nova saída do Palestra Itália não pode ser descartada.
– Eu espero que a torcida seja fiel e não abandone o time nos momentos mais difíceis. Vou me dedicar ao máximo para ajudar o Palmeiras e fazer a Mancha feliz, mas se entender que tenho que sair por não concordar com alguma coisa, há uma cláusula que permite a rescisão tanto de minha parte quanto da do Palmeiras. Isso não foi recado algum para mim – concluiu.
GAZETA PRESS
Luxemburgo não gostou do tratamento que recebeu da torcida palmeirense
Foto:
Mauro Vieira
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Agência RBS
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