| 21/11/2007 10h53min
Após o amargo empate com o Peru, a Seleção Brasileira terá um rival histórico nas Eliminatórias da Copa de 2010, às 21h45min desta quarta, no Morumbi. O Uruguai tem sido uma pedra no sapato da equipe pentacampeã mundial. Nos últimos seis confrontos entre os países foram cinco empates e uma vitória uruguaia. Quebrar essa seqüência é fundamental para a equipe de Dunga, sob pena do time cair na tabela e terminar o ano fora da zona de classificação ao Mundial.
Mesmo assim, o treinador brasileiro classifica o Uruguai apenas como mais um adversário complicado das Eliminatórias.
– Todos os jogos serão difíceis. O Uruguai sempre foi duro, mas isso também aconteceu contra o Peru. Temos que encontrar as nossas soluções aos poucos – afirmou Dunga que deu algumas recomendações bastante específicas a seus comandados.
– O Dunga recomendou que tivéssemos um pouco mais de cuidado. Temos de jogar com paciência e os resultados acabam acontecendo – emendou o meia Júlio Baptista.
Evitar um novo tropeço também representa a chance do comandante fugir de um dado negativo em seu trabalho: ter o pior aproveitamento no início de disputa das Eliminatórias, já que o Brasil sempre chegou a oito pontos em quatro rodadas de disputa. Depois de enfrentar os uruguaios, os brasileiros poderiam reverter esse quadro na competição somente em junho do ano que vem, no confronto contra o Paraguai.
Uma preocupação extra para a equipe canarinho é a possível pressão por parte da torcida paulista, que já se mostrou exigente com a Seleção em várias ocasiões. O goleiro Júlio César foi bastante questionado sobre a possibilidade de receber vaias, já que os são-paulinos clamam pela convocação do experiente Rogério Ceni. Mas ele não leva a situação para o lado pessoal.
– A torcida não é contra o Júlio César, só é a favor do Rogério Ceni – destacou.
Já para o meia Kaká a noite será de reencontro com a torcida são-paulina, clube que ele defendeu até 2003.
– Nesta hora, o coração bate mais forte, e voltar ao Morumbi pela Seleção é uma conquista pessoal – destacou o craque do Milan.
A escalação brasileira terá apenas uma mudança para o confronto contra o Uruguai. Na zaga, Alex aproveita a suspensão do capitão Lúcio e assume a condição de titular ao lado de Juan. Durante o último treino antes do jogo, Dunga chegou a observar o volante Josué e o atacante Luís Fabiano no time principal, mas Gilberto Silva e Vágner Love devem sair jogando nesta quarta-feira.
Mistério do lado adversário
No Uruguai, o técnico Óscar Tabárez evitou adiantar a escalação para a partida no Morumbi. O principal desfalque da equipe é o atacante Diego Forlán, do Atlético de Madri, que deixou sua marca em três dos últimos quatro jogos contra o Brasil. Ele está machucado.
Outras ausências confirmadas são o meio-campista Pérez, machucado, e o atacante Regueiro, que pediu, de última hora, dispensa da seleção. A dúvida está na lateral direita, já que Scotti tenta se recuperar de lesão. Por isso, Pereira pode ser a novidade no setor.
Para o público brasileiro, o nome mais famoso do Uruguai é o zagueiro Lugano, que brilhou com a camisa do São Paulo e atualmente defende o Fenerbahçe, da Turquia. O defensor promete a Celeste ousada na capital paulista.
– A postura no campo vai ser agressiva, nunca vamos temer o Brasil, sabemos que podemos ganhar os três pontos – avisou.
Já Óscar Tabárez sabe que o setor ofensivo dos pentacampeões, formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Vágner Love, é um grande perigo para a Celeste.
– Vamos tentar limitar o trabalho do Brasil. É um adversário forte, que sabe trabalhar a bola. Não podemos facilitá-los – reconheceu o treinador.
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