| 19/10/2007 08h40min
Quase um terço dos 34 jogadores que compõem o grupo do Grêmio passou este ano pela sala de cirurgias do Hospital Mãe de Deus. A maioria com problemas no joelho.
Não se tem notícia de situação parecida nos últimos anos. A explicação, segundo os médicos, está no alto grau de competitividade. Também a repetição de pequenas lesões, em jogos e treinamentos, deteriora a estrutura física.
– O uso demasiado provoca desgaste natural. Os jogadores chegam extenuados ao final do ano – observa o médico Paulo Rabaldo.
A série de cirurgias teve início ainda no Gauchão. Dia 25 de fevereiro, o volante Adilson, à época apontado como o novo Lucas, sofreu fratura no pé direito em jogo contra o São José, em Cachoeira do Sul. Retornou no segundo semestre, quando nova fratura provocou outra cirurgia. Para ele, 2007 já terminou.
Na final da Libertadores, contra o Boca Juniors, o zagueiro Teco sofreu lesão nos ligamentos do joelho esquerdo. Agora, faz fisioterapia e voltas no gramado. Retorna em 2008, se o Grêmio pagar ao Cruzeiro os R$ 500 mil restantes de seus direitos federativos.
A partir de Teco, as cirurgias se deram em seqüência alarmante. A pior situação foi a de Rodrigo Mendes. Contratado em agosto para o lugar de Carlos Eduardo, nem chegou a reestrear pelo Grêmio. Sofreu lesão nos ligamentos do joelho esquerdo. Hidalgo e Ramon, com problemas nos meniscos, voltaram a correr em menos de 30 dias. Marcel fez cirurgia de apendicite e ficou fora por somente duas semanas.
– Hoje, os cortes são pequenos e a recuperação é mais breve – comenta Rabaldo.
O raciocínio vale para o meia Kelly. Uma limpeza nos meniscos do joelho esquerdo, semelhante ao que fizera em fevereiro, só que no outro, não o impediu de trabalhar na sala de musculação. Chega ao final da temporada com apenas um gol.
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