| 17/10/2007 07h30min
Forte em casa, frágil fora. Em 31 rodadas do Brasileiro, o Grêmio não conseguiu alterar essa rotina. Um dado preocupante, à medida que, dos sete jogos restantes, quatro serão longe do Olímpico.
A partir de agora, reverter esse quadro virou obrigação. Como a matemática prevê a necessidade de pelo menos 62 pontos para chegar à Libertadores, os nove pontos que o time deverá obter em seu estádio talvez sejam insuficientes para assegurar a vaga. Mano Menezes discorda.
– Com nossa campanha atual, estamos com uma das vagas. Só temos que manter o aproveitamento. É isso que precisamos considerar – avalia o técnico.
Mano observa que, excetuado o São Paulo, virtual campeão, com nove vitórias obtidas fora do Morumbi, quase todos os times mantém o mesmo aproveitamento quando atual longe de casa. No caso do Grêmio, as vitórias nos domínios do adversário foram contra Inter, Atlético-MG, Náutico e Juventude.
– O fator local ainda é o maior adversário para todos no futebol brasileiro – entende o técnico.
Segundo ele, a explicação para a queda de rendimento está na confiança. Os times que têm o mando a seu favor tomam a iniciativa, o que implica em manter maior posse de bola. Cabe ao visitante adotar uma postura mais defensiva.
– Jogar mais recuado não é decisão do técnico ou dos jogadores. É circunstância do jogo – explica.
O atacante Jonas confia que a situação possa ser alterada nas rodadas decisivas do Brasileiro. Acredita que a necessidade de garantia de vaga na Libertadores tornará as equipes visitantes obrigatoriamente mais ofensivas.
– É hora de dar algo a mais, de fazer a diferença, para o time ser tão bom fora quanto é no Olímpico – diz.
Aos gremistas mais apreensivos, resta o consolo que um dos quatro jogos fora de casa será contra o já rebaixado América-RN, na penúltima rodada, dia 25 de novembro.
LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZERO HORA
Mano Menezes (E) observa os jogadores no gramado suplementar do Olímpico
Foto:
Jefferson Botega
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Agência RBS
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