| 03/09/2002 13h42min
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou oficialmente na manhã desta terça o calendário do futebol para o ano de 2003. Confirmando o que havia decidido em conjunto com a Rede Globo e o Clube dos 13, a entidade determinou que o Brasileirão do próximo ano seja o mais longo da história, com oito meses e meio de duração. Assim, não haverá datas para a disputa dos torneios regionais, declarados extintos. O primeiro semestre será ocupado pelos campeonatos estaduais, pela Copa do Brasil e pela Libertadores, sem contar o Campeonato Brasileiro, com início no dia 30 de março e término em 14 de dezembro. Nos seis meses finais será disputada a primeira edição da Copa Pan-Americana, que irá substituir a finada Copa Mercosul.
Ainda não foi homologada a fórmula de disputa do Brasileiro, e uma reunião do Conselho Técnico da CBF deve definir a questão nos próximos dias. É provável que a competição seja disputada em turno e returno, sagrando-se campeão o time que somar mais pontos no final. Está em estudo também a possibilidade de se realizar uma final entre os campeões de cada turno. Esta hipótese, porém, é a mais remota.
Segundo a CBF anunciou durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro, os três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro irão para a Libertadores, mas seguirão fora da Copa do Brasil. Já os classificados entre o quarto e o oitavo lugar jogarão a Pan-Americana, mais o segundo colocado na Copa do Brasil – o campeão da Copa terá lugar assegurado na Libertadores do ano seguinte. A Copa do Brasil será integrada por 54 times egressos dos Estaduais, mais outros 10 oriundos de um ranking nacional a ser ainda elaborado.
A Seleção Brasileira deve participar de um amistoso em novembro, contra um adversário ainda indefinido. Como a CBF não pretende anunciar o substituto de Felipão antes do fim deste ano, um profissional deve ser convidado para ocupar o cargo de técnico durante apenas esta partida. Seria uma forma de homenagem, e Zagallo é o mais cotado.
O término das ligas regionais e o fortalecimento dos estaduais acabou determinado pela Rede Globo, que teve prejuízo na comercialização de torneios como a Copa Sul-Minas. A emissora, no entanto, irá pagar, durante todo o Brasileirão, uma média de R$ 900 mil aos clubes. Esse montante praticamente vai assegurar a folha de pagamento da maioria das agremiações durante oito meses e meio.
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