O Inter conseguiu uma excelente vantagem no duelo com o Náutico pela Copa do Brasil. Na partida da noite desta quarta, no Estádio dos Aflitos, o time do técnico Tite aplicou 3 a 0 na casa do adversário. Os gols foram marcados por Nilmar, Taison e Marcelo Cordeiro.

O resultado acaba com uma invencibilidade de 17 partidas do time pernambucano jogando nos Aflitos. O Náutico não perdia lá desde outubro de 2008, quando foi batido pelo Flamengo.

Já o Inter venceu pela primeira vez nesse estádio e aumentou ainda mais o saldo na temporada. Agora são 79 gols em 26 jogos.

Na partida de volta, marcada para o dia 6 de maio, no Beira-Rio, o Colorado tem a vantagem de poder jogar e avançar na competição até mesmo com uma derrota de 2 a 0.

Tempo quente nos primeiros 45 minutos

Além do gramado de péssima condição, o Inter ainda teve pela frente um adversário que chegava junto em todas as divididas, sem vergonha de chutar a gol mesmo que de fora da área e disposto a esquentar o clima dentro de campo. Primeiro foi uma dividida entre Magrão e Carlinhos Bala. O volante colorado acabou sendo atingido no braço pelas travas da chuteira do meia do Náutico. Pronto. Fechou o tempo e quem levou amarelo, além de Bala, foi Bolívar — por reclamação no tumulto. Esse foi o primeiro de outros lances ríspidos que marcaram a primeira etapa.

Outro que sofreu com uma entrada maldosa foi Guiñazu. O "Cholo" levou uma tesoura do zagueiro Gladstone, que só levou amarelo. No fim do primeiro tempo, Índio foi buscar uma água na linha lateral e comentou com o banco:

— O que eles batem, hein!?

Se quem tinha maior posse de bola eram os comandados de Tite, a equipe pernambucana partia rápido e tentava o arremate com Gilmar, Adriano Magrão e Sidny. O melhor deles foi do último, nos minutos finais do primeiro tempo.

Mas alheio às tentativas de bate-boca e provocações, o Inter impôs seu futebol, com trocas de passes curtos, envolventes. Foi assim que surgiu o gol de Nilmar aos 33 minutos. Taison rolou para o camisa 9, que saiu da marcação da zaga, invadiu a área e bateu sem chance para o goleiro Eduardo. No minuto seguinte, D'Alessandro invadiu a área pela esquerda e tentou bater por cobertura. A bola desviou na zaga e por pouco não traiu Eduardo, que conseguiu esticar o braço para espalmar para escanteio.

Ainda no fim da etapa, Nilmar quase ampliou. Depois de uma boa sequência de passes, Magrão foi lançado pela direita na área do Náutico e cruzou rasteiro. Mas Nilmar, na pequena área, pegou mal na bola e mandou pela linha de fundo. Na saída de campo, Magrão tentou achar a explicação:

— Se o gramado fosse melhor, o Nilmar faria aquele gol.