| 26/04/2009 03h30min
Hoje à tarde, quando a TV mostrar 90 mil flamenguistas e botafoguenses cantando suas canções de amor ao clube numa festa inigualável — nada se compara ao Maracanã lotado, nada — teremos escancarada a única razão para a existência dos campeonatos regionais. A torcida.
A torcida ama o confronto paroquial. Nenhuma segunda-feira é mais deliciosa do que a seguinte a uma vitória no clássico de casa. É a ansiedade pelo prazer de tocar — ou levar — flauta no trabalho, na parada do ônibus, no caminho de casa. Nélson Rodrigues perdeu as contas das crônicas que escreveu sobre o seu Fluminense. No livro Profeta Tricolor, reuniu 70 delas, quase todas versando sobre jogos
contra Vasco, Flamengo, Botafogo. Ganhar do Corinthians era bom, claro que sim, mas não lhe atiçava
a verve criadora. Bom é o nariz em pé na rivalidade caseira.
Os Estaduais estão para o futebol assim como os municípios para o pacto federativo brasileiro. É ali que a vida real acontece. os torcedores do Interior jamais teriam a chance de ver o seu time em ação no estadiozinho da sua cidade. Para os grandes clubes, as cotas pelos direitos de transmissão não fazem cócegas ao que se paga no Brasileirão ou Libertadores. Sob este ponto de vista, os Estaduais não passam de dinossauros que só estorvam o calendário.
Mas a questão é outra. Aqui, vale o lado lúdico do futebol. Não se pode medir o futebol apenas pelos cifrões. Por isso os estádios estarão abarrotados de gente neste domingo de decisões paroquiais.
Confira as principais:
Santos x Corinthians (Vila Belmiro)
Chapecoense x Avaí (Índio Condá)
Botafogo x Flamengo (Maracanã)
Atlético-PR x Coritiba (Arena da Baixada)
Ceará x Fortaleza
(Machadão)
Cruzeiro x Atlético-MG (Mineirão)
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