| 19/04/2009 06h57min
BATE-PRONTO: Fábio Koff, o nome da Taça da decisão
O dirigente mais vitorioso da história do Grêmio estará no Beira-Rio, neste domingo, para cumprir uma tarefa: a de entregar a taça que leva seu nome ao Inter, caso o velho rival confirme o favoritismo e vença o Caxias. Fábio Koff (foto), presidente do poderoso Clube dos 13, garante que não terá constrangimentos, como revela nesta entrevista:
O senhor estará no Beira-Rio para entregar o troféu ao campeão, caso o Inter confirme o favoritismo e vença a Taça Fábio Koff?
Fábio Koff — Vou estar, claro. Não vejo qualquer problema. Até porque é uma taça que tem duas edições já programadas, a de 2009 e a de 2010. Recebi isso como uma distinção da federação, dos clubes, um reconhecimento ao trabalho. É um orgulho ter uma copa com o meu nome.
...é que sempre surge a dúvida.
Koff — Pode até
não ter sido a conclusão que eu gostaria, preferia o Grêmio, claro, mas não vejo constrangimento
algum em estar no Beira-Rio e entregar a taça (caso o Inter vença).
E como o senhor acha que será a reação da torcida do Inter?
Koff — Sempre tive por parte da torcida do Inter, ressalvadas aí, evidentemente, as exceções, uma receptividade respeitosa. Ela sabe que no curso da minha administração do Grêmio nunca deixei de manifestar meu reconhecimento pela grandeza do Inter, não só aqui no Estado, mas sua importância no futebol brasileiro e mundial. É claro que há a ligação com o Grêmio como referência principal, não dá para deixar de reconhecer isso, mas o torcedor sempre me viu com respeito, sempre me respeitou. É preciso dizer isso.
Mas por que parte da torcida tem esta incompreensão e encara uma ocasião assim para brincar com o representante do rival e não como um momento solene?
Koff — É parte da torcida. Vamos usar como referência o Fernando Carvalho. Ele é o maior
ganhador da história do Inter. Seria importante para a torcida do Grêmio
que ele entregasse o troféu do título para seu time. Isso é parte da rivalidade do futebol. Não vejo como desrespeito, faz parte das brincadeiras do futebol. Nunca tive qualquer problema com o Inter, nem fui vítima de qualquer desrespeito.
Até porque são clubes com uma longa rivalidade.
Koff — Sim, faz parte do relacionamento. A vitória de um clube não é a desgraça do outro. É preciso reconhecer o trabalho quando ele é competente.
Por causa da rivalidade, nestas horas sempre surge a suspeita de que o dirigente ligado ao outro lado vai evitar a festa.
Koff — Sim, mas faz parte. Quando estive no Gre-Nal anterior, que decidia a outra taça, ouvia e lia como muitos a informação de que o Fernando Carvalho não entregaria a taça ao Grêmio, caso ele fosse vitorioso. Falo com o Fernando diariamente, somos amigos. Naquele dia, falei com ele e fizemos uma espécie de pacto. Propus uma
ideia e ele aceitou: para evitar constrangimento, se ele entregasse ao
Grêmio eu iria junto; se fosse eu, ele estaria ao lado. Fizemos isso e faremos novamente neste domingo, se for o caso.
Vocês estarão lado a lado então?
Koff — Sim, estaremos juntos. E espero que no ano que vem as duas sejam levadas para o Grêmio, até porque quatro para o Inter seriam demais. Esgotaria o estoque. Este é primeiro tempo de uma competição de dois anos.
Cautela de Tite
Por mais que o técnico Tite recomende cautela e evite admitir o favoritismo, todas os palpites indicam vitória do Inter sobre o Caxias, na tarde deste domingo, e conquista do título do Gauchão. Está motivado pela chance de vencer sem precisar de uma nova decisão, será apoiado por mais de 47 mil torcedores e tem o retrospecto a favor. O que anima os caxienses é uma característica própria do futebol: é o único esporte coletivo em que o favorito nem sempre vence. Por isso, Tite tem agido com tanto
cuidado.
A propósito
De acordo com o
pesquisador Paulo Fortunato, do clicRBS, a última vitória do Caxias sobre o Inter em um Gauchão foi há 19 anos, no dia 22 de junho de 1990. Os caxienses venceram por 3 a 1, no Beira-Rio, diante de um público de 803 pessoas. Depois disso, foram mais 13 jogos, com nove vitórias do Inter e quatro empates. Superioridade absoluta.
Mesmo jeito
Além do Gauchão, mais um título pode ser decidido na tarde deste domingo — e do mesmo jeito. A exemplo do Inter, o Botafogo venceu o primeiro turno e pode assegurar o título carioca se ganhar também o segundo, contra o Flamengo, no Maracanã.
Você viu?
O Blooming, da Bolívia, deu Viagra aos jogadores para combater os efeitos da altitude. O Grêmio pensou nisso, lembram? Virou brincadeira na época.
TITE, técnico do Inter, ao responder se estava encarando com calma o jogo deste domingo, contra o Caxias: Não se
joga uma decisão tranquilo
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