Com duas vitórias em duas partidas importantes da Copa Libertadores, Marcelo Rospide mantém a tradição de técnicos interinos da dupla Gre-Nal. Nos últimos anos, pelo menos, eles têm obtido bons resultados. Nos últimos anos, Guto Ferreira e Júlio Camargo foram chamados para assumir os times de Inter e Grêmio. Nenhum deles igualou os 100% de aproveitamento de Rospide em dois jogos pela competição mais importante do continente, mas um venceu até uma decisão pela equipe principal. O técnico interino do Grêmio pode ser mantido até metade de maio, caso a diretoria decida esperar por Paulo Autuori.

Guto Ferreira

O principal interino da história recente do Inter é Guto Ferreira. Em 2008, ele comandou o time em uma partida, entre a saída de Abel Braga e a chegada de Tite. Na ocasião, manteve o 3-5-2 de Abel e o time perdeu para a Portuguesa por 3 a 1, no Canindé, em 8 de junho. Sem treinador, após a saída inesperada do técnico campeão do mundo, o Inter ficou em situação complicada no Brasileirão após esta derrota, de virada, para uma equipe que acabaria o campeonato rebaixada para a Série B.

Porém, esta não foi a única passagem de Guto no comando do time. Sua experiência inclui vitórias que valeram até a conquista de um título. Em 2002, ele substituiu Ivo Wortmann e foi o técnico na final do Gauchão, quando o Inter venceu o 15 de Novembro. No mesmo ano, comandou o time em cinco rodadas do Brasileirão. Sua efetivação foi cogitada na ocasião, mas para o segundo semestre a diretoria contratou Celso Roth, que havia tido uma passagem bem-sucedida pelo clube em 1997.

Guto Ferreira tem participação na carreira de uma das maiores revelações do grupo atual do Inter. O jogo contra a Portuguesa marcou a primeira vez que Taison foi relacionado por um técnico para uma partida do time profissional. Aos 43 anos, Augusto Sérgio Ferreira ainda trabalha no clube, como auxiliar técnico.

Júlio Camargo

No Grêmio, antes de Marcelo Rospide, o interino que se destaca é o multicampeão Júlio Camargo, vencedor de oito taças com a categoria júnior. No profissional, sua participação foi menos marcante, mas igualmente eficiente. Também alcançou os 100% de aproveitamento, apenas com a diferença que foi em apenas um jogo, e do Gauchão.

Observado por Celso Roth, que assumiria o cargo naquela semana e assistia das cabines, Júlio Camargo comandou o time na vitória sobre a Ulbra por 1 a 0, em Canoas, em 17 de fevereiro de 2008. O meia Roger marcou o gol da partida cobrando pênalti. Na ocasião, ele manteve a base do time que estava invicto com Mancini, mas ao longo do jogo fez uma substituição ousada, ao trocar Adilson por Jonas.

Neste mês de abril, Julinho, como era conhecido no Olímpico, deixou o clube após quatro anos à frente do time júnior. Ele foi trabalhar no Vitória-BA como auxiliar técnico de Paulo César Carpeggiani. O Grêmio publicou uma nota de agradecimento ao profissional em seu site.