Há desejo das duas partes. A direção gremista quer Paulo Autuori, e o técnico acenou positivamente. De acordo com a Rádio Gaúcha, ele não quer permanecer no Catar. A conversa mantida nesta quarta pode ter evoluído as tratativas. Mas as duas partes devem bater no início da próxima semana, até porque existe uma terceira parte: o Al-Rayaan, do Catar, atual clube do treinador. Autuori chegou a pedir liberação ao xeque Abdullah bin Hamad Al Thani, mas recebeu uma resposta negativa. Uma nova conversa entre o profissional e o dono do clube pode ocorrer ainda hoje.

A direção do Grêmio, no entanto, não tem pressa, conforme havia anunciado o presidente Duda Kroeff.

— Não temos pressa. Estamos trabalhando com convicção em torno de um objetivo — afirmou o presidente.

A liberação imediata é difícil em virtude do alto valor da multa rescisória com o Al-Rayaan. Porém, a proposta tricolor, de contrato até dezembro de 2010 e salários de cerca de R$ 300 mil mensais, foi do agrado de Autuori. Ele tem contrato atual se encerrando no mês que vem, mas já teria um pré-acerto para renovação com o Al-Rayaan. O time joga no fim de semana e, caso tropece, pode ficar sem chances na última rodada, marcada para o dia 16 de abril, o que poderia antecipar o fim do trabalho de Autuori no clube.

O Grêmio pretende fechar até este fim de semana com o novo treinador. As conversas já teriam avançado, mas Krieger prefere não comentar o assunto:

— Vou me permitir falar o menos possível, peço ao torcedor que tenha calma. Procuramos fazer as coisas da melhor maneira possível.

A ideia do clube é formalizar um contrato longo com o novo treinador.

— Futebol se faz com projetos, não podemos estabelecer períodos curtos. Sabemos que futebol é continuidade e convicção — diz Krieger.