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Catarinense 2009  | 04/04/2009 10h10min

Clássico Avaí x Criciúma apimenta briga por vaga na decisão do Catarinense

Defesa menos vazada recebe melhor ataque do Estadual neste sábado

O clássico Avaí e Criciúma costuma contar com duelos à parte. Neste sábado, dia 4, a partir das 18h30min, no Estádio da Ressacada, quando os dois clubes tentam avançar em direção à classificação às finais do Catarinense, a defesa menos vazada — a do Leão — enfrenta o melhor ataque, o do Tigre. Emerson e Zulu são os protagonistas da disputa. 

O clicEsportes acompanha o jogo pelo Minuto a Minuto a partir das 18h30min

O Avaí teve um começo de campeonato tumultuado e levou três goleadas. A primeira, inclusive, foi os 4 a 2 para o Criciúma, no Heriberto Hülse. Ainda sofreria 4 a 2 do Atlético-Ib e 5 a 1 da Chapecoense — a última derrota do Leão.

Depois daquele jogo, o Leão não perdeu mais. Levou apenas cinco gols em oito partidas. Mais uma prova de que uma boa defesa também ajuda o ataque: foram seis vitórias e dois empates. Ao todo, no campeonato, foram só 22 tentos sofridos.

O Criciúma, por sua vez, marcou 46 vezes no Catarinense — 12 com Zulu. Também aplicou a maior goleada do campeonato: 6 a 1 no Marcílio Dias. Só que nos dois últimos jogos do quadrangular o ataque não tem mostrado tanta força. Marcou apenas uma vez, no empate com o Joinville. 

Emerson é a arma da defesa do Leão

O zagueiro Emerson credita os poucos gols tomados pelo Avaí à marcação de todo o time, desde o atacante. Mas sabe que, dentro da área, contra o artilheiro Zulu, a responsabilidade é dele.

— Temos que tirar o espaço na área. Ali não é o time, é eu contra ele.

Emerson começou o campeonato um pouco fora de ritmo. Sofreu uma lesão no tornozelo no ano passado, e ficou fora dos últimos jogos da Série B. Mas, de acordo com o técnico Silas, o zagueiro já está no ponto ideal.

— Ele voltou a fazer gol de cabeça e no chão — disse o técnico Silas.

— O Emerson está forte, rápido. Ele não é veloz, mas é rápido porque se posiciona bem. Não estou despreocupado porque o erro pode acontecer. Mas estou tranquilo com a parte defensiva.

O zagueiro destaca a aplicação tática de todo o grupo como um dos fatores para o time levar poucos gols.

— Desde o ano passado a gente toma poucos gols. Neste ano, tomamos duas goleadas, e isso não é o normal do Avaí. O Paulo (auxiliar-técnico), que é o irmão do Silas, trabalhou muito com a gente, e estamos melhorando a cada dia. Não só os zagueiros, mas a equipe toda. O primeiro da frente já está marcando. Isso facilita bastante pra gente ali atrás, e isso é mérito de todo o grupo.

Se agora Emerson pensa em Zulu, terá outros grandes desafios no Brasileiro. Terá pela frente Nilmar, do Internacional, Washington, do São Paulo, Ronaldo, do Corinthians, e Fred, do Fluminense, só para citar alguns.

— Logicamente a gente pensa nisso. Mas agora o foco é o Catarinense. Tenho que marcar os atacantes do Estadual.

Zulu não está preocupado com jejum

Artilheiro do Criciúma na temporada com 13 gols, 12 deles marcados no Estadual, Zulu nem sabe há quantos jogos está sem fazer a alegria do torcedor. Isso não quer dizer que o jogador não esteja preocupado com o jejum. O fato revela apenas que Zulu tem priorizado o trabalho coletivo, tanto no ataque, como na defesa.

Atacante de referência na área, Zulu tem se esforçado para ajudar os companheiros. No ataque, por exemplo, ele cruzou a bola para Kempes marcar o único gol do Tigre no quadrangular. Já na marcação, tenta dificultar a saída de bola das equipes adversárias.

— A nossa zaga começa lá na frente e me vejo como zagueiro — afirmou Zulu.

Mas o jogador também acredita que tem sido marcado com maior rigor pelas defesas adversárias, após ter se destacado no primeiro turno. Zulu chegou a marcar três gols em um mesmo jogo por três vezes: 5 a 2 na Chapecoense e 3 a 2 no Atlético-Tu no primeiro turno, e 6 a 1 sobre o Marcílio Dias, no returno.

Por sinal, até para clarear a memória do atacante, essa goleada registrada no dia 11 de março foi justo a última partida em que balançou as redes. Desde então, Zulu passou seis jogos em branco.

O jogador também está ciente das qualidades do adversário que poderá marcá-lo. Apesar de conhecer o zagueiro Emerson apenas dos confrontos entre as duas equipes, Zulu reconhece as virtudes do marcador.

— Ele tem bom tempo de bola e não dá espaço para o atacante — avisou.

DIÁRIO CATARINENSE
Arbitragem: Célio Amorim, auxiliado por Carlo Berkembrock e Claudemir Mafessoni.
Horário: 18h30min.
Local: Estádio da Ressacada, em Florianópolis.
Ingressos: Cadeira: R$ 60; Arquibancada: R$ 40; Estudante: R$ 20; Menor cadeira: R$ 10; Menor arquibancada: R$ 5.

No ar: A CBN/Diário transmite ao vivo e o clicRBS acompanha os lances pelo Minuto a Minuto

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AVAÍ CRICIÚMA
Eduardo Martini; Medina, André Turatto, Emerson, Uendel; Marcus Winícius, Léo Gago, Caio, Marquinhos; Lima (Rafael) e Evando.
Técnico: Silas
Márcio Angonese; Josemar, Anderson Kanu, Cris (Lima); Thiago Matos, Basílio (Edivânio), Luis André, Mateus, Marcelinho; Kempes e Zulu.
Técnico: Leandro Machado
Julio Cavalheiro e Rovani Ilha - Arte ClicRBS  / 

Os dois clubes tentam encaminhar classificação às finais do Catarinense
Foto:  Julio Cavalheiro e Rovani Ilha - Arte ClicRBS


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