Ao chegar a Trondheim, na Noruega, o goleiro Renan e seus companheiros de Valencia sentiram na pele o maior adversário que enfrentarão nesta quinta, quando jogam contra o Rosenborg, pela Copa da Uefa: o frio. As ruas da cidade estavam cobertas de neve, e os centros de meteorologia do país prevêem uma temperatura de –2ºC no início da partida.

Mas Renan não foi pego desprevenido. Sabendo do frio que ia enfrentar, o goleiro se preparou para entrar em campo com roupas bem quentes, mas que não tirem a sua mobilidade, conforme publica o GloboEsporte.com. Para o tronco e os braços, sua fornecedora de luvas lhe deu uma camiseta térmica que se molda ao corpo.

- Fica bem justa, sem problemas para levantar ou esticar os braços. Quase não dá para notar que estou com duas camisetas – afirmou Renan.

No frio gaúcho, quando atuava pelo Inter, ou no espanhol, Renan nunca apelou para as calças e sempre preferiu as bermudas. A solução na Noruega vai ser usar uma meia-calça por baixo do short e do meião.

- Não me sinto muito à vontade de calça. Uso para treinar, porque protege mais, mas prefiro bermuda na hora da partida. (A meia-calça) aquece muito e eu não perco agilidade, acho que vai ser suficiente.

O maior problema dos jogadores no frio é justamente o pé, que fica o jogo inteiro “dentro” da neve e rapidamente perde a sensibilidade. O Valencia se adiantou e distribuiu a seus atletas uma pomada especial que evita os efeitos da baixa temperatura por um longo tempo.

Além de toda essa roupa, Renan sabe que vai precisar se aquecer muito mais do que o normal antes e durante o jogo. Tanta preocupação pode até tirar um pouco do foco do jogo, mas o goleiro acredita que, mesmo acostumados, os jogadores do Rosenborg também terão problemas com o frio.

– Acho que eles levam certa vantagem, porque estão mais acostumados, mas essa vantagem acaba quando estivermos adaptados. A condição de jogo também não vai ser das melhores para eles. Quem pode gostar de jogar com dois -2C°? – indagou.